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The content of the episode is not suitable for children under 14 years old. The host thanks the listeners for their support and asks them to follow the Crimecast Instagram and share the episodes. The episode continues the story of Lindy Chamberlain and the second investigation. Witnesses testify, including one who found blood-stained clothes near the campsite. Another witness claims to have seen Lindy with a camera bag that the prosecution believes contained the baby's body. The defense argues that the media in Darwin was biased against Lindy. The jury is subjected to various evidence and expert testimonies. The verdict is guilty for both Lindy and her husband Michael. O conteúdo que você ouvirá na sequência não é indicado para menores de 14 anos. Se você está ouvindo o Crimecast pela primeira vez, eu te agradeço pelo play e seja muito bem-vindo aqui. A todos vocês que já me acompanham, o meu muito obrigado pela audiência e por continuarem a ouvir o nosso podcast. Nós vamos hoje para o episódio de número 55, aqui no Crimecast. Mas antes, eu quero pedir a vocês para seguir o Instagram do Crimecast, que é o Crimecast Underline Podcast. Compartilhem o Instagram e compartilhem também os episódios, para que mais pessoas conheçam o nosso podcast e eu possa continuar trazendo conteúdo para todos aqui. O link que o levará direto para o perfil do Instagram estará na descrição desse episódio. Olá amigos, eu sou o Dom e esse é o Crimecast, podcast sobre crimes reais. É isso amigos, mais um episódio aqui no Crimecast, episódio de número 55, nós vamos hoje para a parte 2 do caso da Lindy Chamberlain. Antes de a gente continuar amigos, eu queria falar mais uma vez sobre a questão do YouTube. Eu falei no episódio anterior que você encontra também o Crimecast no YouTube agora, com o áudio e a capa do episódio. E o que eu queria pedir para vocês era um grande favor, mesmo que você seja meu ouvinte em qualquer plataforma de áudio, se você tiver como entrar no canal e se inscrever no canal do Crimecast no YouTube, eu agradeço bastante, porque isso daí vai me ajudar muito e me dá, como eu falei anteriormente, uma perspectiva, eu falei isso no episódio anterior, me dá uma perspectiva de fazer episódios em vídeo também futuramente. Então eu queria pedir a vocês aqui o seguinte. Então o que eu queria pedir para vocês era isso, quem puder ir ao canal do Crimecast no YouTube, no episódio 54, eu deixei o link do canal no YouTube, quem puder se inscrever lá, eu agradeço muito. Então é isso amigos, nós vamos continuar essa história da Lindy Chamberlain e vocês lembram que, então é isso amigos, a gente vai agora para a segunda parte do inacreditável caso Lindy Chamberlain. Então vocês lembram que a gente terminou ali naquela parte em que estava começando um novo inquérito no tribunal, a Lindy Chamberlain foi levada ao tribunal para o resultado desse segundo inquérito, uma segunda investigação e a gente parou ali na parte em que as testemunhas oculares foram levadas ao tribunal. Nenhuma das testemunhas muda a sua versão sobre o ocorrido, Wallace Goodwin, a testemunha que encontrou peças de roupa da bebê, diz que achou as roupas manchadas de sangue a mais ou menos 10 quilômetros de distância do acampamento em que os Chamberlain estavam. Wallace ainda diz que discordou sobre como as roupas estavam quando a encontrou, ele afirma que o líder da acusação não queria que ele falasse desses detalhes sobre o achado e Wallace afirma que o líder da acusação não queria que ele falasse ou desse detalhes sobre o achado e que falava sempre para ele responder apenas sim ou não quando fosse perguntado. Murray Habe, testemunha que se propôs a ajudar Linde a rastrear o dingo, aproveitou a chance que teve quando o advogado lhe perguntou se ele lembrava de algo mais e deu vários detalhes, inclusive que encontrou rastros na areia que indicavam ser uma marca do tecido de tricô que a bebê usava. Linde afirma que aquilo surpreendeu a todos, pois em seu depoimento gravado anteriormente, ele não tinha falado sobre aquilo e o motivo foi que mandaram ele não mencionar o dingo naquela gravação. Outro depoimento é o de uma enfermeira chamada Roberta Elston que trabalhava em Ayers Rock, a enfermeira diz que foi chamada ao acampamento na noite do desaparecimento de Azaria e convenceu juntamente com outras pessoas o casal Linde e Michael a irem para uma pousada que ficava próximo ao local enquanto a busca pela bebê continuava. Em seu depoimento, a mulher conta que entrou no carro do casal e viu uma bolsa preta no chão, uma bolsa própria para guardar câmeras fotográficas. Segundo ela, a tal bolsa estava em frente ao banco do motorista e aí vocês lembram que na tese da acusação, a Linde teria escondido o corpo da bebê dentro de uma bolsa e seria exatamente essa bolsa, uma bolsa de câmera, de câmera fotográfica. A enfermeira diz que foi perguntada pela polícia sobre a tal bolsa, se ela parecia estar cheia, se ela chegou a pegar na bolsa etc. Roberta diz que nem por um instante sequer passou pela cabeça dela que não tinha sido o Dingo. Então amigos, aqui nesse segundo inquérito, você vê que tem relatos ali de testemunhas, inclusive essa testemunha que agora entra no caso, eu não tinha falado dela ainda, o nome dela não tinha surgido ainda, essa enfermeira, que diz ter visto essa bolsa, mas ela mesmo diz que na cabeça dela nunca passou, ela nunca concebeu essa possibilidade de que não tivesse sido um Dingo realmente que tivesse pego a bebê e na acusação, nesse inquérito, a acusação tinha dito isso, que essa bolsa de câmera, de guardar câmeras fotográficas, uma bolsa que é ali, uma característica específica, eles dizem que essa foi uma bolsa usada pela Lynch para guardar o corpo da Azaria, na tese deles e essa enfermeira diz que não viu nada, ela diz que viu apenas a bolsa, mas aqui na minha opinião, eu acredito que se essa enfermeira tivesse visto algo de diferente ali, de estranho, alguma mancha de sangue, alguma coisa, talvez ela tivesse falado, então a questão dessa bolsa aí, não se confirma como a acusação vinha falando. Catherine West, a garota que havia sido atacada por um Dingo, na noite anterior ao desaparecimento de Azaria, também reafirmou seu relato. Catherine conta que foi muito difícil dar o seu depoimento no tribunal, pois percebia claramente que as pessoas tinham uma tendência a não acreditar no que ela dizia e que a acusação sempre supôs que ela tinha inventado seu relato. Murray Habe diz que ficou muito frustrado e irritado com a forma com que a imprensa de Darwin noticiava o caso. Murray diz que a imprensa local cobriu o caso totalmente diferente do restante da imprensa do país e acredita que a maioria dos jornalistas da cidade pareciam estar deliberadamente contra Lynch e Michael. Helen Phillips, esposa do defensor público John Phillips, diz que a imprensa de Darwin, naquela época, era, em sua grande maioria, era, diz que a imprensa de Darwin, naquela época, era, em sua, Helen Phillips, esposa do defensor público John Phillips, diz que a imprensa de Darwin, naquela época, era, em sua grande maioria, masculina. Homens que tentavam descobrir a todo instante quem poderia ser a próxima testemunha do caso. John Bryson, autor do livro Evil Angels, explica que o ambiente na imprensa de Darwin, naquela época, era de jornalistas homens que tinham bastante contato com os policiais e que, inclusive, havia a notícia de um certo policial que fornecia, além de informação, substâncias entorpecentes a um grupo de jornalistas. Gene Brown, um dos jornalistas que não era do grupo de amigos dos policiais, relata que um dos agentes da polícia se aproximou dele enquanto o julgamento acontecia e deu a entender que não estava satisfeito com a forma como Gene Brown estava relatando o caso. Gene afirma que o policial ficou muito bravo e exaltado com ele e até chegou a apontar a arma em sua direção. Olha só, mesmo com a ameaça, o jornalista diz que discutiu com tal policial. Gene Brown também conta que membros do júri eram o tempo todo importunados pela polícia para que eles votassem a favor da condenação de Landy Chamberlain. Então, amigos, você vê que era ali um ambiente muito hostil e a gente está falando de um caso em que já tinha havido um inquérito e os Chamberlain tinham sido ali inocentados, vamos dizer assim, vamos falar dessa forma, ficou ali no primeiro inquérito, ficou claro que os Chamberlain estavam dando um relato verdadeiro. E aí, nesse segundo inquérito, você vê que se cria todo um ambiente contra os Chamberlain, já ali como se eles quisessem condenar os Chamberlain a qualquer custo. E aí você vê essa relação promíscua de alguns policiais, segundo relatos, segundo informações de alguns policiais com alguns jornalistas da cidade. Durante mais de cinco meses, o júri foi submetido a várias alegações e evidências forenses, com um grupo de especialistas confrontando o outro sobre vários pontos da investigação e, enquanto isso, o depoimento de testemunhas oculares foi simplesmente esquecido. Chega o dia marcado para o anúncio do veredito no tribunal. A acusação se baseava em provas circunstanciais e não tinha apresentado motivo para o crime, a arma e nem muito menos o corpo. Em sua conclusão, Ian Barker disse o seguinte, abre aspas, Nós, do território do norte, sabemos que Dingos não pegam bebês, nós sabemos disso, crocodilos sim, mas Dingos não. Essas pessoas do sul vêm aqui e tentam dizer o que acontece em nosso território. Em nosso território. Após cinco horas de conclusões, o juiz Moorhead solicita que o júri se retire para fazer sua deliberação. Landy conta que naquele momento teve uma sensação estranha e então foi ao banheiro do tribunal. Ela lembra que entrou no banheiro, fechou a porta e ficou muito tempo ali e que inclusive fez uma oração. Landy diz que após um bom tempo dentro do banheiro, alguém bateu na porta dizendo que o júri havia voltado ao tribunal. Tinha chegado a hora do veredito. Enquanto volta para o seu lugar no tribunal, Landy diz que veio ao seu pensamento algo muito forte e falava ao seu coração que ela seria presa naquele dia. Que ela seria presa naquele dia. Havia várias pessoas que acompanhavam o julgamento em frente ao tribunal e que aguardavam ansiosamente pelo veredito. Dentro do tribunal, o juiz pergunta ao júri como eles julgavam Landy Chamberlain e o júri respondeu, culpada. Landy lembra que estava calma ao ouvir o veredito, porém se sentia como se estivesse anestesiada. O júri também julga Michael culpado como cúmplice de Landy no caso. Após o veredito, Michael precisou de ajuda. O esposo de Landy Chamberlain passou mal e foi necessário que alguns homens o segurassem para que ele não desmaiasse. Defensor público John Phillips não acreditava que os Chamberlain fossem julgados culpados e fica muito triste e completamente estarrecido com aquela decisão. A esposa de John conta que ele ficou muito abalado e sempre sentiu muito que aquilo tivesse acontecido. O jornalista Jim Brown se recorda que havia pessoas em Darwin que soltavam fogos e faziam festa após o veredito de culpada de Landy Chamberlain e que inclusive a notícia era dada em eventos num tom de comemoração. O jornalista lembra que nunca tinham visto algo parecido, era como se tivessem voltado à Idade Média. Jim Brown diz que não suportou tudo aquilo e por isso não conseguiu segurar as lágrimas no dia da condenação dos Chamberlain. Minutos depois do veredito, Landy Chamberlain é levada para a prisão Berryman. Michael, que também foi considerado culpado, teve sua sentença suspensa por conta de algo na lei chamado Interesse das Crianças sem a Mãe. Landy foi sentenciada à prisão perpétua com trabalhos forçados. Então bicho, olha só aqui o cenário que se cria né, e aí eu tinha falado pra vocês sobre a questão do ambiente né, e aquele ambiente ele dá uma ideia que isso podia acontecer e é o que acontece. De forma inacreditável assim como eu coloquei no título né, o casal depois de uma segunda investigação, de um segundo inquérito ali cheio de provas baseado em várias provas circunstanciais e deixando de lado completamente ali o que várias testemunhas oculares disseram né, e deram testemunho e deram depoimento, o governo do território do norte com o Ian Barker como o líder da acusação, consegue vencer o caso ali e o júri considera a Lindy Chamberlain culpada assim como o Michael Chamberlain como cúmplice né, mas existia ali aquela norma né, essa questão que eles falam do Interesse das Crianças sem a Mãe né, a Mãe foi condenada a prisão perpétua, então a sentença do Michael, o Pai das Crianças, ela é suspensa por conta disso, olha isso cara, olha só, e aí amigos, eu vou ler o trecho de uma carta escrita por Avis Chamberlain, que era a Mãe da Lindy né, ela escreveu essa carta justamente para mandar para a Lindy após a notícia do veredito, abre aspas, Após o veredito, deitamos na cama em silêncio e em choque, o amanhecer chegou e Aidan acordou, sentei ao lado dele, peguei suas mãos e expliquei que as pessoas ainda achavam que a mamãe tinha machucado a bebê e que ela foi presa para não poder voltar para casa, mas eu disse, sabe que a mamãe não fez isso, você estava com ela, ele sussurrou, sim, seu rosto ficou pálido, ele recostou a cabeça na cabeceira da cama e começou a fazer gemidos profundos e sofridos com os olhos secos, eu não desejaria essa agonia para o meu pior inimigo, os passos leves no carpete anunciaram a chegada de Reagan, logo ele estava sentado na cama ao nosso lado, a temida mensagem foi repetida, pobrezinho, ele ficou sentado lá, tenso, olhou para mim com os olhos grandes e assustados, que tristeza, eu fiz o melhor que pude para confortá-los, se os responsáveis pelas acusações falsas vissem aquela cena, nunca mais seriam os mesmos. Lende conta que em sua primeira noite na prisão, tentou fazer uma oração, mas percebeu que simplesmente não conseguia pensar, pois estava completamente esgotada, Lende se recorda que conseguiu apenas dizer que não conseguiria passar por aquilo por si só e que Deus teria que fazer isso por ela, após pronunciar aquelas frases, Lende diz que sentiu uma paz e preencher, Lende conta também que na primeira semana ouvia outras detentas dizer que iam pegá-la e que iam acabar com ela, então amigos, aqui vocês imaginam, a Linde estava grávida, vocês lembram quando ela inicia esse julgamento do segundo inquérito, ela estava grávida de sete meses e tinha mais duas crianças ainda pequenas, garotos pequenos que tiveram que ficar com os avós, e aí você vai presa, e aí a gente está supondo aqui que ela seja inocente, você imagina uma mãe ser presa, deixa o marido e os filhos pequenos e acusada de matar sua própria bebê, e aí a gente vai voltar para aquela situação do Michael Chamberlain, porque ele tem a sentença suspensa por conta de que a mãe dos garotos foi presa e condenada a prisão perpétua, então a gente vai falar um pouco sobre isso aqui, Michael teve a sentença suspensa e por isso voltou para New South Wales para tentar seguir a vida com os filhos, Michael sempre dizia que eles eram inocentes e batalhava junto aos advogados para que Linde pudesse ficar com a filha que estava prestes a nascer, porém o ministro Jim Robertson não autorizou que ela ficasse com a filha, mais ou menos 15 dias após ser presa, Linde entra em trabalho de parto dentro do presídio e então é levada ao hospital escoltada por vários policiais, Michael e os garotos foram ao hospital, mas foram impedidos de acompanhar o parto, Michael conseguiu que uma câmera fosse colocada dentro do quarto de Linde, para pelo menos poder ver as imagens dela e de sua filha após o nascimento, Linde Chamberlain só pôde ficar com sua nova filha chamada Kalia durante uma hora, dois dias após o nascimento de Kalia, Linde teve um pedido de fiança aceito e estava liberada para voltar para casa novamente, então aqui amigos foi o seguinte, ela teve a criança, o Michael pai da menina e os irmãozinhos dela, os dois filhos do casal, não puderam ficar com eles ali na hora, ele só conseguiu colocar uma câmera lá para pegar depois, algum vídeo, alguma foto dela com a bebezinha, e no dia ela ficou uma hora só com a filha e eles separaram ela da Linde, só que dois dias depois veio esse pedido de fiança e foi aceito, então ela conseguiu ali, por conta de ter tido a bebê, conseguiu voltar para casa. Os advogados do Chamberlain entraram com um recurso contra o veredito, nos meses seguintes a defesa de Linde e Michael apresentam o caso ao Tribunal Federal e tentam mostrar novas provas de testemunhas. Em 23 de abril de 1983, o Tribunal Federal, porém, anuncia que as novas provas não seriam consideradas. Após cinco meses com a família, Linde é levada de volta à prisão. Os advogados de Linde então apelam para o Tribunal Superior, aquela era uma das últimas chances por vias legais para tentar a liberdade de Linde, mas esse recurso também foi rejeitado. Linde Chamberlain é levada de volta de avião, escoltada pela polícia para Darwin, para cumprir a prisão perpétua. Diante daquela circunstância, Michael e Linde decidem que o melhor para sua filha Kalia seria que um casal de amigos cuidasse dela. Olha só, bicho, olha só, que coisa triste, né? Eles decidem que aquela bebezinha com a mãe estando presa, ela ia ficar ali com um casal de amigos por conta daquela situação, né? Sem a mãe, a mãe tendo que voltar para a cadeia, eles decidem e tomam essa decisão que com toda certeza foi muito difícil. Dessa forma, Kalia foi deixada com a família Miller, enquanto Linde cumpria sua pena. E aí, a gente tem o relato da Kalia, né? Depois de grande já, né? Ela já... e aí agora, meus anjos, a gente tem um relato aqui da Kalia, né? Ela, depois de grande, ela dá ali seu relato sobre o ocorrido, né? Na época ela não entendia nada, obviamente, mas ela fala algo aqui sobre o caso, depois de grande já, né? Kalia Chamberlain diz que foi muito bem cuidada por Jane e Wayne Miller. Depois de algum tempo, Kalia teve que mudar para outra família para poder ficar mais perto de seu pai, Michael. Kalia diz que ambas as famílias cuidaram muito bem dela e é grata a eles por isso até hoje. Além dessa situação, naquela mesma época, os Chamberlain ainda tiveram que lidar com um acidente acontecido com o pequeno Regan. Regan brincava perto de uma fogueira no momento em que algo estourou e um pedaço de vidro atingiu seu olho. O olho do garoto foi cortado pelo vidro e ele teve que ir ao hospital. Ao saber do ocorrido, Lindy pede liberação para ver o filho e diz que estava disposta a arcar com todas as despesas ao sair da prisão para poder ficar perto de Regan. Mesmo assim, seu pedido foi negado pelas autoridades. Olha só, bicho, que crueldade, né? Nem nesse momento também ela foi liberada para poder ficar próxima ao garoto que, faço questão de frisar, também era pequeno, né? Garotos bem novos. Era um garoto, uma criança, né? O garoto teve que ficar cerca de um mês internado no hospital, pois o ferimento em seu olho foi grave. Tudo que Lindy pôde fazer foi escrever uma carta para o filho, lamentando o acidente ocorrido com ele e lamentando também o fato de não poder estar com ele naquele momento. Aidan e Regan cresceram tendo que suportar a ausência da mãe, além da maldade de outros que faziam piadas com o caso de sua irmãzinha e até pessoas que cuspiam neles por causa disso. Em 22 de fevereiro de... E aí, em 22 de fevereiro de 1984, uma apelação ao Supremo Tribunal é feita em favor de Lindy Chamberlain. Os juízes Gibbs, Mason e Brennan mantiveram o veredito. Dean e Murphy concluem que as provas demonstravam sim dúvida se os Chamberlain eram culpados, ou seja, Lindy e Michael perdem o recurso por três votos a dois. Então, essa apelação que ele fala aqui no Supremo Tribunal, ela fica ali dividida, só que a maioria mantém o veredito de culpada para a Lindy, mas dois outros juízes diziam que havia ali dúvida razoável da culpa dos Chamberlain, se eles eram culpados, mas a maioria venceu e a condenação é mantida. Com esse resultado, todos os recursos haviam se esgotado, os Chamberlain não tinham mais a quem recorrer. Mesmo assim, em entrevista, Michael diz que mesmo estando muito decepcionados, eles continuariam lutando. Em seu parecer, o juiz Lionel Murphy disse na corte que havia várias características no caso que gerava bastante insegurança quanto a condenação. A evidência mais contestada na apelação era a análise de Joy Kuhn sobre ter sangue fetal no carro dos Chamberlain, porém, outras conclusões diziam que a evidência atestada por Joy era praticamente irrelevante para a acusação. Lindy já estava na cadeia há 12 meses e disse que percebeu que mesmo estando ali há um ano, ainda não sabia como a prisão funcionava. E aí tem um relato de uma companheira de cela da Lindy, olha aqui, olha só. Helena Max confessa em seu relato que a princípio queria encontrar Lindy para poder bater nela, mas quando a conheceu, teve uma impressão totalmente diferente e diz que Lindy parecia ser uma mãe carinhosa, uma mulher que dava apoio para muitas outras mulheres dentro da prisão. Lindy lembra que era muito difícil, pois os guardas pegavam pesado com ela e faziam com que ela limpasse todo tipo de sujeira dentro da cadeia. Além disso, Lindy conta que dentro daquele lugar é preciso se reeducar e que inclusive teve que aprender até a enrolar um baseado de maconha. Michael e os meninos podiam visitar Lindy no presídio somente três vezes ao ano, era uma viagem de três mil quilômetros. Lindy conta que o esposo tentava ir durante o período de férias escolares e que ele só conseguia porque várias pessoas do país doavam dinheiro para ajudar com as despesas. Lindy se emociona e diz que é muito grata às pessoas que faziam aquilo e que isso é o tipo de coisa que ela não sabia mensurar, o quanto era importante e quanto isso significou para ela. Depois de vários meses após a prisão de Lindy Chamberlain, uma campanha popular começou a se formar na Austrália em favor dos Chamberlain. Iniciado e liderado pela Igreja Adventista, as testemunhas oculares do caso e cidadãos comuns que acreditavam que estava acontecendo uma injustiça, um erro grave contra o casal. Grandes reuniões e manifestações foram feitas em Brisbane, Melbourne e Camberra, que tinham o intuito de chamar a atenção das autoridades e da sociedade para o caso dos Chamberlain. Sally Lowe e Greg Lowe, testemunhas oculares, dizem que estão prontos para lutar pela justiça e pela verdade e reafirmam que Lindy Chamberlain era inocente e que não deveria estar na prisão. Outra grande reunião, que reuniu mais de duas mil pessoas, foi feita na prefeitura de Sydney, em favor dos Chamberlain. Também se juntou ao movimento um famoso escutor, chamado Guy Boyd. Guy se tornou um dos maiores ativistas pró-Chamberlain e juntou assinaturas em uma petição que já somavam mais de cento e cinco mil adeptos. Cartas começaram a chegar aos montes, na prisão Berryman, onde Lindy cumpria pena. Eram cerca de duzentas e cinquenta cartas todo dia. As autoridades de Darwin tiveram que falar com Lindy para que ela pedisse às pessoas que parassem de enviar cartas. Lindy lembra que respondeu o seguinte, abre aspas, se quiser que parem de escrever cartas, sabem o que tem que fazer, fecha aspas. Então amigos, você vê que começa ali um movimento de pessoas que acreditavam que o casal, a Lindy Chamberlain principalmente, porque ela foi acusada de ser a pessoa que matou a bebê, de que eles eram inocentes, a Lindy e o Michael. E testemunhas oculares que praticamente foram deixadas de lado ali na segunda investigação, elas continuam também ali sustentando que o casal era inocente. Isso vai ficando muito grande, esse movimento vai crescendo e vai juntando muitas pessoas em volta ali, fazendo reuniões em várias cidades importantes da Austrália e isso começa a chamar atenção. Por que tantas pessoas, mais de 100 mil assinaturas ali naquela pedição que acreditavam que o casal estava sendo injustiçado. Mesmo com todo aquele apoio público, o país ainda estava dividido. Há ainda uma boa parte da população que acredita que Lindy Chamberlain é sim a assassina de sua própria filha. O pai de Lindy, Cliff Murchison, percorreu várias ruas e bateu na porta de várias pessoas pedindo assinaturas em apoio a Lindy, mas não mencionava que era o pai dela. Cliff estava decidido a mostrar que estava acontecendo uma injustiça contra Lindy. Avis Murchison, a mãe de Lindy, relata que ficava noites inteiras sem dormir e pedia a Deus em oração que ajudasse a continuar a luta por justiça para a filha, pois em vários momentos sentia que não aguentaria mais. Avis escreveu várias cartas para Lindy junto com Cliff e em breves trechos dessas cartas eles a encorajavam e diziam o seguinte Querida filha, nossa preciosa filhinha, todo nosso amor e pensamento estão contigo, saíram boas notas nos jornais a seu favor, prossiga querida, não desanime, com o maior amor do papai e da mamãe. Então bicho, era uma coisa muito difícil ali porque os pais dela né, já eram mais velhos ali, tiveram também que passar por isso cara, ir atrás né, de lutar pela própria filha né. Se a Lindy Chamberlain estava sofrendo de, além de perder a bebê, foi acusada de ter matado e ser presa, pegar prisão perpétua, os pais da Lindy né, os avós da Zaria, também sofreram muito né, toda a família ali com aquela situação, que eles viam, que eles sabiam né, tinham certeza que era algo errado, era uma injustiça que estava acontecendo né. E aí, em maio de 1984, o governador recebe uma petição que exigia um inquérito judicial sobre o caso, essa petição foi assinada por mais de 130 mil pessoas, essa petição foi assinada por mais de 130 mil pessoas, Paul Everhand, ex-ministro-chefe, e que agora estava no parlamento federal, defende em entrevista que o caso foi julgado, e os jurados, 12 cidadãos comuns que representam a comunidade, tomaram sua decisão respeitando as leis criminais, e por isso, essa decisão deveria ser mantida. O novo ministro-chefe, Ian Tuxworth, e o procurador, Marshall Perrin, decidem manter a posição do território do norte, em 1985, já no terceiro ano de prisão de Lindy Chamberlain, o comitê de inocência então divulga provas, crendo que aquilo pressionaria o governo do território do norte a abrir um inquérito judicial sobre a condenação, o comitê mantém o sigilo das provas enquanto aguardam o parecer do território do norte. Enquanto aguardam um retorno, os advogados de Lindy liberam a jornalista, Ita Butros, para ir até a cadeia fazer uma entrevista com Lindy. A jornalista conta sobre a dificuldade de entrevistar Lindy dentro do presídio, pois o local era muito rígido, e o tempo de entrevista era de no máximo uma hora. Ita Butros conta que Lindy sentia muita falta dos meninos, e também da pequena Kalia, com a qual ela mal tinha ficado. A jornalista lembra que quando voltou para Sidney, tudo o que perguntavam a ela era se Lindy era culpada, porém ela não respondia, e diz que o problema era exatamente esse. As pessoas julgaram aquela mulher mesmo antes dela ser julgada, e continuavam julgando-a mesmo ela já estando na prisão. Outro jornalista que cobriu de perto o caso, e que entrevistou Michael Chamberlain, Terry Willese, lembra que Michael era muito cauteloso ao falar com jornalistas, mas percebeu que Michael tinha muita raiva dentro dele, e que inclusive perguntou a Terry na primeira vez que teve contato com ele se ele tinha um microfone escondido. O jornalista diz que entendia toda aquela raiva que Michael deixou transparecer, e que aquilo era totalmente compreensível, pois acusaram ele e a esposa de assassinar sua própria filha, uma bebezinha de apenas 3 meses, e mesmo eles não sendo culpados, ainda assim sua esposa foi presa. Além disso, pessoas cuspiam neles, e imitavam uivos de dingo quando passavam perto deles. Então o que o jornalista está querendo dizer aqui, é que ele entendia toda aquela raiva do Michael, aquele problema que ele via, aquela questão que ele via quando ele falava com jornalistas, se o jornalista estava com o microfone escondido para usar algo que ele falasse e tal. Então esse jornalista, o Terry, ele diz que entendia que qualquer pessoa que passasse por tudo aquilo ali, que era muita coisa, teria no mínimo raiva dentro de si daquela situação. Então ele levanta essa questão que era totalmente compreensível, porque tudo o que tinha sido feito com eles era algo absurdo. O atual procurador-geral do território do norte, Marshall Perron, dá sinais de que talvez Lindy possa ser libertada, e gera especulações quando diz que tomaria uma decisão sobre o caso antes do Natal. Após quase três anos completos de Lindy Chamberlain na cadeia, o procurador-geral da comunidade, Garrett Evans, conclui que os interesses da justiça tinham sido atendidos, e então Lindy devia ser libertada. Ou seja, liberar Lindy na condicional era uma forma de deixar a mulher sair da cadeia sem necessariamente reconhecer o erro que havia sido cometido pelo governo do território do norte, ou de suas autoridades. Em Darwin, local em que Lindy foi julgada, algumas pessoas diziam que se ela havia sido condenada, então tinha que cumprir a pena, enquanto outras diziam que o certo é que Lindy fosse libertada. Os rumores sobre a possibilidade de Lindy Chamberlain ser solta aumentam, porém, Marshall Perron diz que não seria intimidado e nem pressionado a tomar uma decisão por quaisquer medidas do senado. Os rumores sobre a possibilidade de Lindy Chamberlain ser solta aumentam, porém, Marshall Perron diz que não seria intimidado e nem pressionado a tomar uma decisão por quaisquer medidas do senado. E que não tinha nenhuma previsão sobre quando aquilo seria decidido. Ou seja, o governo do território do norte não tomaria nenhuma providência. Então, amigos, aqui a gente vê que o caso toma uma proporção em que mesmo ainda havendo pessoas que acreditavam que a Lindy tinha que ser condenada, que a Lindy tinha que continuar cumprindo a pena, o número de pessoas que diziam que ela tinha que ser libertada foi aumentando e aquilo foi fazendo uma pressão, pessoas também ali muito importantes, como esse Garrett Evans, que era um procurador geral da comunidade, ele diz, olha, eu recomendo que ela saia em liberdade condicional porque seria uma forma de fazer a coisa certa, mesmo o território do norte não reconhecendo, ele dizia que talvez aquela fosse a melhor solução. Lindy vê suas esperanças de passar o Natal fora da prisão irem por água abaixo e então decide tomar uma atitude. Ela escreve uma carta e diz o seguinte, abre aspas, eu tentei cooperar, mas esta farsa ainda continua, por quase 3 anos trabalhei como detenta nessa prisão, por quase 3 anos trabalhei como detenta nessa prisão, por 30 centavos por dia. Fazia tudo o que pediam com boa vontade, busquei o inquérito no qual o governo do território do norte teve a chance de redimir o próprio nome, em troca eles ignoraram a decência e a justiça e ainda zombam disso. A partir das 13 horas, horário de Darwin, me recuso a trabalhar de qualquer forma para essa prisão, eu não matei minha amada filha e me recuso a ser tratada como criminosa por mais tempo. Assinado, Lindy Chamberlain É isso amigos, até breve aqui no Crimecast.