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Listen to Ep 55 (parte 2) by Don Edduardo MP3 song. Ep 55 (parte 2) song from Don Edduardo is available on Audio.com. The duration of song is 58:19. This high-quality MP3 track has 421.086 kbps bitrate and was uploaded on 24 Feb 2024. Stream and download Ep 55 (parte 2) by Don Edduardo for free on Audio.com â your ultimate destination for MP3 music.
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The content of the episode is not suitable for children under 14 years old. The host thanks the listeners for their support and asks them to follow the Crimecast Instagram and share the episodes. The episode continues the story of Lindy Chamberlain and the second investigation. Witnesses testify, including one who found blood-stained clothes near the campsite. Another witness claims to have seen Lindy with a camera bag that the prosecution believes contained the baby's body. The defense argues that the media in Darwin was biased against Lindy. The jury is subjected to various evidence and expert testimonies. The verdict is guilty for both Lindy and her husband Michael. O conteĂșdo que vocĂȘ ouvirĂĄ na sequĂȘncia nĂŁo Ă© indicado para menores de 14 anos. Se vocĂȘ estĂĄ ouvindo o Crimecast pela primeira vez, eu te agradeço pelo play e seja muito bem-vindo aqui. A todos vocĂȘs que jĂĄ me acompanham, o meu muito obrigado pela audiĂȘncia e por continuarem a ouvir o nosso podcast. NĂłs vamos hoje para o episĂłdio de nĂșmero 55, aqui no Crimecast. Mas antes, eu quero pedir a vocĂȘs para seguir o Instagram do Crimecast, que Ă© o Crimecast Underline Podcast. Compartilhem o Instagram e compartilhem tambĂ©m os episĂłdios, para que mais pessoas conheçam o nosso podcast e eu possa continuar trazendo conteĂșdo para todos aqui. O link que o levarĂĄ direto para o perfil do Instagram estarĂĄ na descrição desse episĂłdio. OlĂĄ amigos, eu sou o Dom e esse Ă© o Crimecast, podcast sobre crimes reais. Ă isso amigos, mais um episĂłdio aqui no Crimecast, episĂłdio de nĂșmero 55, nĂłs vamos hoje para a parte 2 do caso da Lindy Chamberlain. Antes de a gente continuar amigos, eu queria falar mais uma vez sobre a questĂŁo do YouTube. Eu falei no episĂłdio anterior que vocĂȘ encontra tambĂ©m o Crimecast no YouTube agora, com o ĂĄudio e a capa do episĂłdio. E o que eu queria pedir para vocĂȘs era um grande favor, mesmo que vocĂȘ seja meu ouvinte em qualquer plataforma de ĂĄudio, se vocĂȘ tiver como entrar no canal e se inscrever no canal do Crimecast no YouTube, eu agradeço bastante, porque isso daĂ vai me ajudar muito e me dĂĄ, como eu falei anteriormente, uma perspectiva, eu falei isso no episĂłdio anterior, me dĂĄ uma perspectiva de fazer episĂłdios em vĂdeo tambĂ©m futuramente. EntĂŁo eu queria pedir a vocĂȘs aqui o seguinte. EntĂŁo o que eu queria pedir para vocĂȘs era isso, quem puder ir ao canal do Crimecast no YouTube, no episĂłdio 54, eu deixei o link do canal no YouTube, quem puder se inscrever lĂĄ, eu agradeço muito. EntĂŁo Ă© isso amigos, nĂłs vamos continuar essa histĂłria da Lindy Chamberlain e vocĂȘs lembram que, entĂŁo Ă© isso amigos, a gente vai agora para a segunda parte do inacreditĂĄvel caso Lindy Chamberlain. EntĂŁo vocĂȘs lembram que a gente terminou ali naquela parte em que estava começando um novo inquĂ©rito no tribunal, a Lindy Chamberlain foi levada ao tribunal para o resultado desse segundo inquĂ©rito, uma segunda investigação e a gente parou ali na parte em que as testemunhas oculares foram levadas ao tribunal. Nenhuma das testemunhas muda a sua versĂŁo sobre o ocorrido, Wallace Goodwin, a testemunha que encontrou peças de roupa da bebĂȘ, diz que achou as roupas manchadas de sangue a mais ou menos 10 quilĂŽmetros de distĂąncia do acampamento em que os Chamberlain estavam. Wallace ainda diz que discordou sobre como as roupas estavam quando a encontrou, ele afirma que o lĂder da acusação nĂŁo queria que ele falasse desses detalhes sobre o achado e Wallace afirma que o lĂder da acusação nĂŁo queria que ele falasse ou desse detalhes sobre o achado e que falava sempre para ele responder apenas sim ou nĂŁo quando fosse perguntado. Murray Habe, testemunha que se propĂŽs a ajudar Linde a rastrear o dingo, aproveitou a chance que teve quando o advogado lhe perguntou se ele lembrava de algo mais e deu vĂĄrios detalhes, inclusive que encontrou rastros na areia que indicavam ser uma marca do tecido de tricĂŽ que a bebĂȘ usava. Linde afirma que aquilo surpreendeu a todos, pois em seu depoimento gravado anteriormente, ele nĂŁo tinha falado sobre aquilo e o motivo foi que mandaram ele nĂŁo mencionar o dingo naquela gravação. Outro depoimento Ă© o de uma enfermeira chamada Roberta Elston que trabalhava em Ayers Rock, a enfermeira diz que foi chamada ao acampamento na noite do desaparecimento de Azaria e convenceu juntamente com outras pessoas o casal Linde e Michael a irem para uma pousada que ficava prĂłximo ao local enquanto a busca pela bebĂȘ continuava. Em seu depoimento, a mulher conta que entrou no carro do casal e viu uma bolsa preta no chĂŁo, uma bolsa prĂłpria para guardar cĂąmeras fotogrĂĄficas. Segundo ela, a tal bolsa estava em frente ao banco do motorista e aĂ vocĂȘs lembram que na tese da acusação, a Linde teria escondido o corpo da bebĂȘ dentro de uma bolsa e seria exatamente essa bolsa, uma bolsa de cĂąmera, de cĂąmera fotogrĂĄfica. A enfermeira diz que foi perguntada pela polĂcia sobre a tal bolsa, se ela parecia estar cheia, se ela chegou a pegar na bolsa etc. Roberta diz que nem por um instante sequer passou pela cabeça dela que nĂŁo tinha sido o Dingo. EntĂŁo amigos, aqui nesse segundo inquĂ©rito, vocĂȘ vĂȘ que tem relatos ali de testemunhas, inclusive essa testemunha que agora entra no caso, eu nĂŁo tinha falado dela ainda, o nome dela nĂŁo tinha surgido ainda, essa enfermeira, que diz ter visto essa bolsa, mas ela mesmo diz que na cabeça dela nunca passou, ela nunca concebeu essa possibilidade de que nĂŁo tivesse sido um Dingo realmente que tivesse pego a bebĂȘ e na acusação, nesse inquĂ©rito, a acusação tinha dito isso, que essa bolsa de cĂąmera, de guardar cĂąmeras fotogrĂĄficas, uma bolsa que Ă© ali, uma caracterĂstica especĂfica, eles dizem que essa foi uma bolsa usada pela Lynch para guardar o corpo da Azaria, na tese deles e essa enfermeira diz que nĂŁo viu nada, ela diz que viu apenas a bolsa, mas aqui na minha opiniĂŁo, eu acredito que se essa enfermeira tivesse visto algo de diferente ali, de estranho, alguma mancha de sangue, alguma coisa, talvez ela tivesse falado, entĂŁo a questĂŁo dessa bolsa aĂ, nĂŁo se confirma como a acusação vinha falando. Catherine West, a garota que havia sido atacada por um Dingo, na noite anterior ao desaparecimento de Azaria, tambĂ©m reafirmou seu relato. Catherine conta que foi muito difĂcil dar o seu depoimento no tribunal, pois percebia claramente que as pessoas tinham uma tendĂȘncia a nĂŁo acreditar no que ela dizia e que a acusação sempre supĂŽs que ela tinha inventado seu relato. Murray Habe diz que ficou muito frustrado e irritado com a forma com que a imprensa de Darwin noticiava o caso. Murray diz que a imprensa local cobriu o caso totalmente diferente do restante da imprensa do paĂs e acredita que a maioria dos jornalistas da cidade pareciam estar deliberadamente contra Lynch e Michael. Helen Phillips, esposa do defensor pĂșblico John Phillips, diz que a imprensa de Darwin, naquela Ă©poca, era, em sua grande maioria, era, diz que a imprensa de Darwin, naquela Ă©poca, era, em sua, Helen Phillips, esposa do defensor pĂșblico John Phillips, diz que a imprensa de Darwin, naquela Ă©poca, era, em sua grande maioria, masculina. Homens que tentavam descobrir a todo instante quem poderia ser a prĂłxima testemunha do caso. John Bryson, autor do livro Evil Angels, explica que o ambiente na imprensa de Darwin, naquela Ă©poca, era de jornalistas homens que tinham bastante contato com os policiais e que, inclusive, havia a notĂcia de um certo policial que fornecia, alĂ©m de informação, substĂąncias entorpecentes a um grupo de jornalistas. Gene Brown, um dos jornalistas que nĂŁo era do grupo de amigos dos policiais, relata que um dos agentes da polĂcia se aproximou dele enquanto o julgamento acontecia e deu a entender que nĂŁo estava satisfeito com a forma como Gene Brown estava relatando o caso. Gene afirma que o policial ficou muito bravo e exaltado com ele e atĂ© chegou a apontar a arma em sua direção. Olha sĂł, mesmo com a ameaça, o jornalista diz que discutiu com tal policial. Gene Brown tambĂ©m conta que membros do jĂșri eram o tempo todo importunados pela polĂcia para que eles votassem a favor da condenação de Landy Chamberlain. EntĂŁo, amigos, vocĂȘ vĂȘ que era ali um ambiente muito hostil e a gente estĂĄ falando de um caso em que jĂĄ tinha havido um inquĂ©rito e os Chamberlain tinham sido ali inocentados, vamos dizer assim, vamos falar dessa forma, ficou ali no primeiro inquĂ©rito, ficou claro que os Chamberlain estavam dando um relato verdadeiro. E aĂ, nesse segundo inquĂ©rito, vocĂȘ vĂȘ que se cria todo um ambiente contra os Chamberlain, jĂĄ ali como se eles quisessem condenar os Chamberlain a qualquer custo. E aĂ vocĂȘ vĂȘ essa relação promĂscua de alguns policiais, segundo relatos, segundo informaçÔes de alguns policiais com alguns jornalistas da cidade. Durante mais de cinco meses, o jĂșri foi submetido a vĂĄrias alegaçÔes e evidĂȘncias forenses, com um grupo de especialistas confrontando o outro sobre vĂĄrios pontos da investigação e, enquanto isso, o depoimento de testemunhas oculares foi simplesmente esquecido. Chega o dia marcado para o anĂșncio do veredito no tribunal. A acusação se baseava em provas circunstanciais e nĂŁo tinha apresentado motivo para o crime, a arma e nem muito menos o corpo. Em sua conclusĂŁo, Ian Barker disse o seguinte, abre aspas, NĂłs, do territĂłrio do norte, sabemos que Dingos nĂŁo pegam bebĂȘs, nĂłs sabemos disso, crocodilos sim, mas Dingos nĂŁo. Essas pessoas do sul vĂȘm aqui e tentam dizer o que acontece em nosso territĂłrio. Em nosso territĂłrio. ApĂłs cinco horas de conclusĂ”es, o juiz Moorhead solicita que o jĂșri se retire para fazer sua deliberação. Landy conta que naquele momento teve uma sensação estranha e entĂŁo foi ao banheiro do tribunal. Ela lembra que entrou no banheiro, fechou a porta e ficou muito tempo ali e que inclusive fez uma oração. Landy diz que apĂłs um bom tempo dentro do banheiro, alguĂ©m bateu na porta dizendo que o jĂșri havia voltado ao tribunal. Tinha chegado a hora do veredito. Enquanto volta para o seu lugar no tribunal, Landy diz que veio ao seu pensamento algo muito forte e falava ao seu coração que ela seria presa naquele dia. Que ela seria presa naquele dia. Havia vĂĄrias pessoas que acompanhavam o julgamento em frente ao tribunal e que aguardavam ansiosamente pelo veredito. Dentro do tribunal, o juiz pergunta ao jĂșri como eles julgavam Landy Chamberlain e o jĂșri respondeu, culpada. Landy lembra que estava calma ao ouvir o veredito, porĂ©m se sentia como se estivesse anestesiada. O jĂșri tambĂ©m julga Michael culpado como cĂșmplice de Landy no caso. ApĂłs o veredito, Michael precisou de ajuda. O esposo de Landy Chamberlain passou mal e foi necessĂĄrio que alguns homens o segurassem para que ele nĂŁo desmaiasse. Defensor pĂșblico John Phillips nĂŁo acreditava que os Chamberlain fossem julgados culpados e fica muito triste e completamente estarrecido com aquela decisĂŁo. A esposa de John conta que ele ficou muito abalado e sempre sentiu muito que aquilo tivesse acontecido. O jornalista Jim Brown se recorda que havia pessoas em Darwin que soltavam fogos e faziam festa apĂłs o veredito de culpada de Landy Chamberlain e que inclusive a notĂcia era dada em eventos num tom de comemoração. O jornalista lembra que nunca tinham visto algo parecido, era como se tivessem voltado Ă Idade MĂ©dia. Jim Brown diz que nĂŁo suportou tudo aquilo e por isso nĂŁo conseguiu segurar as lĂĄgrimas no dia da condenação dos Chamberlain. Minutos depois do veredito, Landy Chamberlain Ă© levada para a prisĂŁo Berryman. Michael, que tambĂ©m foi considerado culpado, teve sua sentença suspensa por conta de algo na lei chamado Interesse das Crianças sem a MĂŁe. Landy foi sentenciada Ă prisĂŁo perpĂ©tua com trabalhos forçados. EntĂŁo bicho, olha sĂł aqui o cenĂĄrio que se cria nĂ©, e aĂ eu tinha falado pra vocĂȘs sobre a questĂŁo do ambiente nĂ©, e aquele ambiente ele dĂĄ uma ideia que isso podia acontecer e Ă© o que acontece. De forma inacreditĂĄvel assim como eu coloquei no tĂtulo nĂ©, o casal depois de uma segunda investigação, de um segundo inquĂ©rito ali cheio de provas baseado em vĂĄrias provas circunstanciais e deixando de lado completamente ali o que vĂĄrias testemunhas oculares disseram nĂ©, e deram testemunho e deram depoimento, o governo do territĂłrio do norte com o Ian Barker como o lĂder da acusação, consegue vencer o caso ali e o jĂșri considera a Lindy Chamberlain culpada assim como o Michael Chamberlain como cĂșmplice nĂ©, mas existia ali aquela norma nĂ©, essa questĂŁo que eles falam do Interesse das Crianças sem a MĂŁe nĂ©, a MĂŁe foi condenada a prisĂŁo perpĂ©tua, entĂŁo a sentença do Michael, o Pai das Crianças, ela Ă© suspensa por conta disso, olha isso cara, olha sĂł, e aĂ amigos, eu vou ler o trecho de uma carta escrita por Avis Chamberlain, que era a MĂŁe da Lindy nĂ©, ela escreveu essa carta justamente para mandar para a Lindy apĂłs a notĂcia do veredito, abre aspas, ApĂłs o veredito, deitamos na cama em silĂȘncio e em choque, o amanhecer chegou e Aidan acordou, sentei ao lado dele, peguei suas mĂŁos e expliquei que as pessoas ainda achavam que a mamĂŁe tinha machucado a bebĂȘ e que ela foi presa para nĂŁo poder voltar para casa, mas eu disse, sabe que a mamĂŁe nĂŁo fez isso, vocĂȘ estava com ela, ele sussurrou, sim, seu rosto ficou pĂĄlido, ele recostou a cabeça na cabeceira da cama e começou a fazer gemidos profundos e sofridos com os olhos secos, eu nĂŁo desejaria essa agonia para o meu pior inimigo, os passos leves no carpete anunciaram a chegada de Reagan, logo ele estava sentado na cama ao nosso lado, a temida mensagem foi repetida, pobrezinho, ele ficou sentado lĂĄ, tenso, olhou para mim com os olhos grandes e assustados, que tristeza, eu fiz o melhor que pude para confortĂĄ-los, se os responsĂĄveis pelas acusaçÔes falsas vissem aquela cena, nunca mais seriam os mesmos. Lende conta que em sua primeira noite na prisĂŁo, tentou fazer uma oração, mas percebeu que simplesmente nĂŁo conseguia pensar, pois estava completamente esgotada, Lende se recorda que conseguiu apenas dizer que nĂŁo conseguiria passar por aquilo por si sĂł e que Deus teria que fazer isso por ela, apĂłs pronunciar aquelas frases, Lende diz que sentiu uma paz e preencher, Lende conta tambĂ©m que na primeira semana ouvia outras detentas dizer que iam pegĂĄ-la e que iam acabar com ela, entĂŁo amigos, aqui vocĂȘs imaginam, a Linde estava grĂĄvida, vocĂȘs lembram quando ela inicia esse julgamento do segundo inquĂ©rito, ela estava grĂĄvida de sete meses e tinha mais duas crianças ainda pequenas, garotos pequenos que tiveram que ficar com os avĂłs, e aĂ vocĂȘ vai presa, e aĂ a gente estĂĄ supondo aqui que ela seja inocente, vocĂȘ imagina uma mĂŁe ser presa, deixa o marido e os filhos pequenos e acusada de matar sua prĂłpria bebĂȘ, e aĂ a gente vai voltar para aquela situação do Michael Chamberlain, porque ele tem a sentença suspensa por conta de que a mĂŁe dos garotos foi presa e condenada a prisĂŁo perpĂ©tua, entĂŁo a gente vai falar um pouco sobre isso aqui, Michael teve a sentença suspensa e por isso voltou para New South Wales para tentar seguir a vida com os filhos, Michael sempre dizia que eles eram inocentes e batalhava junto aos advogados para que Linde pudesse ficar com a filha que estava prestes a nascer, porĂ©m o ministro Jim Robertson nĂŁo autorizou que ela ficasse com a filha, mais ou menos 15 dias apĂłs ser presa, Linde entra em trabalho de parto dentro do presĂdio e entĂŁo Ă© levada ao hospital escoltada por vĂĄrios policiais, Michael e os garotos foram ao hospital, mas foram impedidos de acompanhar o parto, Michael conseguiu que uma cĂąmera fosse colocada dentro do quarto de Linde, para pelo menos poder ver as imagens dela e de sua filha apĂłs o nascimento, Linde Chamberlain sĂł pĂŽde ficar com sua nova filha chamada Kalia durante uma hora, dois dias apĂłs o nascimento de Kalia, Linde teve um pedido de fiança aceito e estava liberada para voltar para casa novamente, entĂŁo aqui amigos foi o seguinte, ela teve a criança, o Michael pai da menina e os irmĂŁozinhos dela, os dois filhos do casal, nĂŁo puderam ficar com eles ali na hora, ele sĂł conseguiu colocar uma cĂąmera lĂĄ para pegar depois, algum vĂdeo, alguma foto dela com a bebezinha, e no dia ela ficou uma hora sĂł com a filha e eles separaram ela da Linde, sĂł que dois dias depois veio esse pedido de fiança e foi aceito, entĂŁo ela conseguiu ali, por conta de ter tido a bebĂȘ, conseguiu voltar para casa. Os advogados do Chamberlain entraram com um recurso contra o veredito, nos meses seguintes a defesa de Linde e Michael apresentam o caso ao Tribunal Federal e tentam mostrar novas provas de testemunhas. Em 23 de abril de 1983, o Tribunal Federal, porĂ©m, anuncia que as novas provas nĂŁo seriam consideradas. ApĂłs cinco meses com a famĂlia, Linde Ă© levada de volta Ă prisĂŁo. Os advogados de Linde entĂŁo apelam para o Tribunal Superior, aquela era uma das Ășltimas chances por vias legais para tentar a liberdade de Linde, mas esse recurso tambĂ©m foi rejeitado. Linde Chamberlain Ă© levada de volta de aviĂŁo, escoltada pela polĂcia para Darwin, para cumprir a prisĂŁo perpĂ©tua. Diante daquela circunstĂąncia, Michael e Linde decidem que o melhor para sua filha Kalia seria que um casal de amigos cuidasse dela. Olha sĂł, bicho, olha sĂł, que coisa triste, nĂ©? Eles decidem que aquela bebezinha com a mĂŁe estando presa, ela ia ficar ali com um casal de amigos por conta daquela situação, nĂ©? Sem a mĂŁe, a mĂŁe tendo que voltar para a cadeia, eles decidem e tomam essa decisĂŁo que com toda certeza foi muito difĂcil. Dessa forma, Kalia foi deixada com a famĂlia Miller, enquanto Linde cumpria sua pena. E aĂ, a gente tem o relato da Kalia, nĂ©? Depois de grande jĂĄ, nĂ©? Ela jĂĄ... e aĂ agora, meus anjos, a gente tem um relato aqui da Kalia, nĂ©? Ela, depois de grande, ela dĂĄ ali seu relato sobre o ocorrido, nĂ©? Na Ă©poca ela nĂŁo entendia nada, obviamente, mas ela fala algo aqui sobre o caso, depois de grande jĂĄ, nĂ©? Kalia Chamberlain diz que foi muito bem cuidada por Jane e Wayne Miller. Depois de algum tempo, Kalia teve que mudar para outra famĂlia para poder ficar mais perto de seu pai, Michael. Kalia diz que ambas as famĂlias cuidaram muito bem dela e Ă© grata a eles por isso atĂ© hoje. AlĂ©m dessa situação, naquela mesma Ă©poca, os Chamberlain ainda tiveram que lidar com um acidente acontecido com o pequeno Regan. Regan brincava perto de uma fogueira no momento em que algo estourou e um pedaço de vidro atingiu seu olho. O olho do garoto foi cortado pelo vidro e ele teve que ir ao hospital. Ao saber do ocorrido, Lindy pede liberação para ver o filho e diz que estava disposta a arcar com todas as despesas ao sair da prisĂŁo para poder ficar perto de Regan. Mesmo assim, seu pedido foi negado pelas autoridades. Olha sĂł, bicho, que crueldade, nĂ©? Nem nesse momento tambĂ©m ela foi liberada para poder ficar prĂłxima ao garoto que, faço questĂŁo de frisar, tambĂ©m era pequeno, nĂ©? Garotos bem novos. Era um garoto, uma criança, nĂ©? O garoto teve que ficar cerca de um mĂȘs internado no hospital, pois o ferimento em seu olho foi grave. Tudo que Lindy pĂŽde fazer foi escrever uma carta para o filho, lamentando o acidente ocorrido com ele e lamentando tambĂ©m o fato de nĂŁo poder estar com ele naquele momento. Aidan e Regan cresceram tendo que suportar a ausĂȘncia da mĂŁe, alĂ©m da maldade de outros que faziam piadas com o caso de sua irmĂŁzinha e atĂ© pessoas que cuspiam neles por causa disso. Em 22 de fevereiro de... E aĂ, em 22 de fevereiro de 1984, uma apelação ao Supremo Tribunal Ă© feita em favor de Lindy Chamberlain. Os juĂzes Gibbs, Mason e Brennan mantiveram o veredito. Dean e Murphy concluem que as provas demonstravam sim dĂșvida se os Chamberlain eram culpados, ou seja, Lindy e Michael perdem o recurso por trĂȘs votos a dois. EntĂŁo, essa apelação que ele fala aqui no Supremo Tribunal, ela fica ali dividida, sĂł que a maioria mantĂ©m o veredito de culpada para a Lindy, mas dois outros juĂzes diziam que havia ali dĂșvida razoĂĄvel da culpa dos Chamberlain, se eles eram culpados, mas a maioria venceu e a condenação Ă© mantida. Com esse resultado, todos os recursos haviam se esgotado, os Chamberlain nĂŁo tinham mais a quem recorrer. Mesmo assim, em entrevista, Michael diz que mesmo estando muito decepcionados, eles continuariam lutando. Em seu parecer, o juiz Lionel Murphy disse na corte que havia vĂĄrias caracterĂsticas no caso que gerava bastante insegurança quanto a condenação. A evidĂȘncia mais contestada na apelação era a anĂĄlise de Joy Kuhn sobre ter sangue fetal no carro dos Chamberlain, porĂ©m, outras conclusĂ”es diziam que a evidĂȘncia atestada por Joy era praticamente irrelevante para a acusação. Lindy jĂĄ estava na cadeia hĂĄ 12 meses e disse que percebeu que mesmo estando ali hĂĄ um ano, ainda nĂŁo sabia como a prisĂŁo funcionava. E aĂ tem um relato de uma companheira de cela da Lindy, olha aqui, olha sĂł. Helena Max confessa em seu relato que a princĂpio queria encontrar Lindy para poder bater nela, mas quando a conheceu, teve uma impressĂŁo totalmente diferente e diz que Lindy parecia ser uma mĂŁe carinhosa, uma mulher que dava apoio para muitas outras mulheres dentro da prisĂŁo. Lindy lembra que era muito difĂcil, pois os guardas pegavam pesado com ela e faziam com que ela limpasse todo tipo de sujeira dentro da cadeia. AlĂ©m disso, Lindy conta que dentro daquele lugar Ă© preciso se reeducar e que inclusive teve que aprender atĂ© a enrolar um baseado de maconha. Michael e os meninos podiam visitar Lindy no presĂdio somente trĂȘs vezes ao ano, era uma viagem de trĂȘs mil quilĂŽmetros. Lindy conta que o esposo tentava ir durante o perĂodo de fĂ©rias escolares e que ele sĂł conseguia porque vĂĄrias pessoas do paĂs doavam dinheiro para ajudar com as despesas. Lindy se emociona e diz que Ă© muito grata Ă s pessoas que faziam aquilo e que isso Ă© o tipo de coisa que ela nĂŁo sabia mensurar, o quanto era importante e quanto isso significou para ela. Depois de vĂĄrios meses apĂłs a prisĂŁo de Lindy Chamberlain, uma campanha popular começou a se formar na AustrĂĄlia em favor dos Chamberlain. Iniciado e liderado pela Igreja Adventista, as testemunhas oculares do caso e cidadĂŁos comuns que acreditavam que estava acontecendo uma injustiça, um erro grave contra o casal. Grandes reuniĂ”es e manifestaçÔes foram feitas em Brisbane, Melbourne e Camberra, que tinham o intuito de chamar a atenção das autoridades e da sociedade para o caso dos Chamberlain. Sally Lowe e Greg Lowe, testemunhas oculares, dizem que estĂŁo prontos para lutar pela justiça e pela verdade e reafirmam que Lindy Chamberlain era inocente e que nĂŁo deveria estar na prisĂŁo. Outra grande reuniĂŁo, que reuniu mais de duas mil pessoas, foi feita na prefeitura de Sydney, em favor dos Chamberlain. TambĂ©m se juntou ao movimento um famoso escutor, chamado Guy Boyd. Guy se tornou um dos maiores ativistas prĂł-Chamberlain e juntou assinaturas em uma petição que jĂĄ somavam mais de cento e cinco mil adeptos. Cartas começaram a chegar aos montes, na prisĂŁo Berryman, onde Lindy cumpria pena. Eram cerca de duzentas e cinquenta cartas todo dia. As autoridades de Darwin tiveram que falar com Lindy para que ela pedisse Ă s pessoas que parassem de enviar cartas. Lindy lembra que respondeu o seguinte, abre aspas, se quiser que parem de escrever cartas, sabem o que tem que fazer, fecha aspas. EntĂŁo amigos, vocĂȘ vĂȘ que começa ali um movimento de pessoas que acreditavam que o casal, a Lindy Chamberlain principalmente, porque ela foi acusada de ser a pessoa que matou a bebĂȘ, de que eles eram inocentes, a Lindy e o Michael. E testemunhas oculares que praticamente foram deixadas de lado ali na segunda investigação, elas continuam tambĂ©m ali sustentando que o casal era inocente. Isso vai ficando muito grande, esse movimento vai crescendo e vai juntando muitas pessoas em volta ali, fazendo reuniĂ”es em vĂĄrias cidades importantes da AustrĂĄlia e isso começa a chamar atenção. Por que tantas pessoas, mais de 100 mil assinaturas ali naquela pedição que acreditavam que o casal estava sendo injustiçado. Mesmo com todo aquele apoio pĂșblico, o paĂs ainda estava dividido. HĂĄ ainda uma boa parte da população que acredita que Lindy Chamberlain Ă© sim a assassina de sua prĂłpria filha. O pai de Lindy, Cliff Murchison, percorreu vĂĄrias ruas e bateu na porta de vĂĄrias pessoas pedindo assinaturas em apoio a Lindy, mas nĂŁo mencionava que era o pai dela. Cliff estava decidido a mostrar que estava acontecendo uma injustiça contra Lindy. Avis Murchison, a mĂŁe de Lindy, relata que ficava noites inteiras sem dormir e pedia a Deus em oração que ajudasse a continuar a luta por justiça para a filha, pois em vĂĄrios momentos sentia que nĂŁo aguentaria mais. Avis escreveu vĂĄrias cartas para Lindy junto com Cliff e em breves trechos dessas cartas eles a encorajavam e diziam o seguinte Querida filha, nossa preciosa filhinha, todo nosso amor e pensamento estĂŁo contigo, saĂram boas notas nos jornais a seu favor, prossiga querida, nĂŁo desanime, com o maior amor do papai e da mamĂŁe. EntĂŁo bicho, era uma coisa muito difĂcil ali porque os pais dela nĂ©, jĂĄ eram mais velhos ali, tiveram tambĂ©m que passar por isso cara, ir atrĂĄs nĂ©, de lutar pela prĂłpria filha nĂ©. Se a Lindy Chamberlain estava sofrendo de, alĂ©m de perder a bebĂȘ, foi acusada de ter matado e ser presa, pegar prisĂŁo perpĂ©tua, os pais da Lindy nĂ©, os avĂłs da Zaria, tambĂ©m sofreram muito nĂ©, toda a famĂlia ali com aquela situação, que eles viam, que eles sabiam nĂ©, tinham certeza que era algo errado, era uma injustiça que estava acontecendo nĂ©. E aĂ, em maio de 1984, o governador recebe uma petição que exigia um inquĂ©rito judicial sobre o caso, essa petição foi assinada por mais de 130 mil pessoas, essa petição foi assinada por mais de 130 mil pessoas, Paul Everhand, ex-ministro-chefe, e que agora estava no parlamento federal, defende em entrevista que o caso foi julgado, e os jurados, 12 cidadĂŁos comuns que representam a comunidade, tomaram sua decisĂŁo respeitando as leis criminais, e por isso, essa decisĂŁo deveria ser mantida. O novo ministro-chefe, Ian Tuxworth, e o procurador, Marshall Perrin, decidem manter a posição do territĂłrio do norte, em 1985, jĂĄ no terceiro ano de prisĂŁo de Lindy Chamberlain, o comitĂȘ de inocĂȘncia entĂŁo divulga provas, crendo que aquilo pressionaria o governo do territĂłrio do norte a abrir um inquĂ©rito judicial sobre a condenação, o comitĂȘ mantĂ©m o sigilo das provas enquanto aguardam o parecer do territĂłrio do norte. Enquanto aguardam um retorno, os advogados de Lindy liberam a jornalista, Ita Butros, para ir atĂ© a cadeia fazer uma entrevista com Lindy. A jornalista conta sobre a dificuldade de entrevistar Lindy dentro do presĂdio, pois o local era muito rĂgido, e o tempo de entrevista era de no mĂĄximo uma hora. Ita Butros conta que Lindy sentia muita falta dos meninos, e tambĂ©m da pequena Kalia, com a qual ela mal tinha ficado. A jornalista lembra que quando voltou para Sidney, tudo o que perguntavam a ela era se Lindy era culpada, porĂ©m ela nĂŁo respondia, e diz que o problema era exatamente esse. As pessoas julgaram aquela mulher mesmo antes dela ser julgada, e continuavam julgando-a mesmo ela jĂĄ estando na prisĂŁo. Outro jornalista que cobriu de perto o caso, e que entrevistou Michael Chamberlain, Terry Willese, lembra que Michael era muito cauteloso ao falar com jornalistas, mas percebeu que Michael tinha muita raiva dentro dele, e que inclusive perguntou a Terry na primeira vez que teve contato com ele se ele tinha um microfone escondido. O jornalista diz que entendia toda aquela raiva que Michael deixou transparecer, e que aquilo era totalmente compreensĂvel, pois acusaram ele e a esposa de assassinar sua prĂłpria filha, uma bebezinha de apenas 3 meses, e mesmo eles nĂŁo sendo culpados, ainda assim sua esposa foi presa. AlĂ©m disso, pessoas cuspiam neles, e imitavam uivos de dingo quando passavam perto deles. EntĂŁo o que o jornalista estĂĄ querendo dizer aqui, Ă© que ele entendia toda aquela raiva do Michael, aquele problema que ele via, aquela questĂŁo que ele via quando ele falava com jornalistas, se o jornalista estava com o microfone escondido para usar algo que ele falasse e tal. EntĂŁo esse jornalista, o Terry, ele diz que entendia que qualquer pessoa que passasse por tudo aquilo ali, que era muita coisa, teria no mĂnimo raiva dentro de si daquela situação. EntĂŁo ele levanta essa questĂŁo que era totalmente compreensĂvel, porque tudo o que tinha sido feito com eles era algo absurdo. O atual procurador-geral do territĂłrio do norte, Marshall Perron, dĂĄ sinais de que talvez Lindy possa ser libertada, e gera especulaçÔes quando diz que tomaria uma decisĂŁo sobre o caso antes do Natal. ApĂłs quase trĂȘs anos completos de Lindy Chamberlain na cadeia, o procurador-geral da comunidade, Garrett Evans, conclui que os interesses da justiça tinham sido atendidos, e entĂŁo Lindy devia ser libertada. Ou seja, liberar Lindy na condicional era uma forma de deixar a mulher sair da cadeia sem necessariamente reconhecer o erro que havia sido cometido pelo governo do territĂłrio do norte, ou de suas autoridades. Em Darwin, local em que Lindy foi julgada, algumas pessoas diziam que se ela havia sido condenada, entĂŁo tinha que cumprir a pena, enquanto outras diziam que o certo Ă© que Lindy fosse libertada. Os rumores sobre a possibilidade de Lindy Chamberlain ser solta aumentam, porĂ©m, Marshall Perron diz que nĂŁo seria intimidado e nem pressionado a tomar uma decisĂŁo por quaisquer medidas do senado. Os rumores sobre a possibilidade de Lindy Chamberlain ser solta aumentam, porĂ©m, Marshall Perron diz que nĂŁo seria intimidado e nem pressionado a tomar uma decisĂŁo por quaisquer medidas do senado. E que nĂŁo tinha nenhuma previsĂŁo sobre quando aquilo seria decidido. Ou seja, o governo do territĂłrio do norte nĂŁo tomaria nenhuma providĂȘncia. EntĂŁo, amigos, aqui a gente vĂȘ que o caso toma uma proporção em que mesmo ainda havendo pessoas que acreditavam que a Lindy tinha que ser condenada, que a Lindy tinha que continuar cumprindo a pena, o nĂșmero de pessoas que diziam que ela tinha que ser libertada foi aumentando e aquilo foi fazendo uma pressĂŁo, pessoas tambĂ©m ali muito importantes, como esse Garrett Evans, que era um procurador geral da comunidade, ele diz, olha, eu recomendo que ela saia em liberdade condicional porque seria uma forma de fazer a coisa certa, mesmo o territĂłrio do norte nĂŁo reconhecendo, ele dizia que talvez aquela fosse a melhor solução. Lindy vĂȘ suas esperanças de passar o Natal fora da prisĂŁo irem por ĂĄgua abaixo e entĂŁo decide tomar uma atitude. Ela escreve uma carta e diz o seguinte, abre aspas, eu tentei cooperar, mas esta farsa ainda continua, por quase 3 anos trabalhei como detenta nessa prisĂŁo, por quase 3 anos trabalhei como detenta nessa prisĂŁo, por 30 centavos por dia. Fazia tudo o que pediam com boa vontade, busquei o inquĂ©rito no qual o governo do territĂłrio do norte teve a chance de redimir o prĂłprio nome, em troca eles ignoraram a decĂȘncia e a justiça e ainda zombam disso. A partir das 13 horas, horĂĄrio de Darwin, me recuso a trabalhar de qualquer forma para essa prisĂŁo, eu nĂŁo matei minha amada filha e me recuso a ser tratada como criminosa por mais tempo. Assinado, Lindy Chamberlain Ă isso amigos, atĂ© breve aqui no Crimecast.
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