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EP 54 Parte 1 comp

EP 54 Parte 1 comp

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This is a podcast episode about the Lindy Chamberlain case in Australia. Lindy and her husband Michael were on vacation with their children when their baby, Azaria, went missing. They suspected a wild dog called a dingo took her. Witnesses heard the baby crying and Lindy saw the dingo near the tent. They searched for Azaria but only found blood on one of the mattresses. The police arrived and told them to stay put while they searched for the baby. The location was a desert with low bushes and rocks. O conteúdo que você ouvirá na sequência não é indicado para menores de 14 anos. Olá amigos, eu sou o Dom e esse é o Crimecast, podcast sobre crimes reais. Se você está ouvindo o Crimecast pela primeira vez, eu te agradeço pelo play e seja muito bem-vindo aqui. A todos vocês que já me acompanham, o meu muito obrigado pela audiência e por continuarem a ouvir o nosso podcast. Nós vamos hoje para o episódio de número 54, aqui no Crimecast. Mas antes, eu quero pedir a vocês para seguir o Instagram do Crimecast. Como vocês já sabem, é o Crimecast Underline Podcast. Compartilhem o Instagram e compartilhem também os episódios, para que mais pessoas conheçam o nosso podcast e eu possa continuar trazendo conteúdo para todos aqui. O link que o levará direto para o perfil do Instagram estará na descrição desse episódio. É isso amigos, mais um episódio aqui no Crimecast e antes de eu falar um pouquinho sobre esse novo episódio, eu queria agradecer a vocês que têm continuado ouvindo o Crimecast, porque realmente eu tenho visto que novas pessoas têm conhecido o Crimecast e o número de pessoas vem aumentando cada vez mais. Eu agradeço a vocês que vêm prestigiando o Crimecast. E uma novidade, antes de começar, uma novidade que é a questão que agora você pode encontrar o Crimecast no YouTube, YouTube Music também. Assim como no YouTube Music também. Conseguir hospedar os episódios, todos os episódios aí, vocês que já conhecem, que já ouviram, eles estão lá no YouTube, mas só com a capa do Crimecast ou com a capa nos episódios que já tem capa específica do caso. Então, se vocês que me ouvem puderem encontrar lá o canal do podcast no YouTube e se inscreverem, eu ficarei muito grato a vocês. Galera que também tem acesso ao YouTube Music, é a mesma plataforma normal como o Spotify, a plataforma de áudio ali, quando você vai ouvir apenas música, não ver vídeos, você busca no YouTube Music, mas está nos dois, as pessoas que tiverem acesso e puderem se inscreverem lá no canal do Crimecast no YouTube, eu agradeço e isso daí me dá uma perspectiva também de quem sabe, futuramente, em breve, o mais breve possível, poder fazer episódios com vídeo. Então é uma coisa que eu também tenho aí vontade de fazer e conseguindo agora hospedar os episódios em áudio no YouTube, me dá essa perspectiva aí de também fazer brevemente episódios com vídeo. Então é isso amigos, hoje a gente vai para o episódio 54, que é um caso incrível realmente, algo inacreditável que aconteceu lá na Austrália. É isso, hoje a gente vai para o inacreditável caso de Lindy Chamberlain. Michael Chamberlain, um pastor da igreja adventista do sétimo dia e sua esposa Lindy Chamberlain, viajam de férias para a região central da Austrália com os filhos. Era 17 de agosto de 1980, quando eles chegaram a Uluru, no local conhecido como Ayers Rock. Ayers Rock é uma grande formação rochosa que costuma atrair muitas pessoas nas férias. Lindy Chamberlain conta que levou sua filha mais nova, Azaria, e os outros filhos na parte de cima das rochas e aproveitaram para tirar algumas fotos. Lindy lembra que estava aguardando o esposo Michael tirar fotos das pinturas na parte das cavernas e, nesse meio tempo, um ônibus de turismo apareceu. Lindy se recorda que, enquanto conversava com alguns turistas, teve uma sensação de estar sendo observada. Ao olhar para cima, Lindy diz que avistou o que eles chamam de dingo. Dingo é uma espécie de cachorro selvagem que vive naquela região. Ao ver o animal, Lindy comentou com as pessoas que o dingo as observava. Segundo Lindy Chamberlain, mesmo com várias pessoas ali e um de seus filhos chamando e querendo ver o animal, ele parecia estar focado nela e em sua bebê. Lindy afirma que sentiu algo estranho com a atitude daquele animal, pois geralmente eles fixam sua atenção em movimentos próximos deles, e esse dingo especificamente parecia estar totalmente voltado para Lindy e para a pequena Azaria. Michael Chamberlain tirou várias fotos naquela manhã em Uluru. Um dentre as fotos, uma em que Lindy segurava Azaria. Foi a última foto dela, com vida. Michael conta que ouviu o que parecia ser o choro da bebê. Ele relata que foi um choro curto e agudo. Várias testemunhas que estavam no local dizem também ter ouvido o que parecia ser o choro de Azaria. Uma das testemunhas é Sally Louie, que afirma ter ouvido o choro. Outra testemunha é Greg Louie. Greg diz que ele próprio não ouviu o choro, mas lembra que tanto Michael como Aidan, um dos filhos do casal, sugeriram a Lindy que Azaria tinha chorado. Michael se recorda que falou a Lindy que seria melhor verificar o porquê Azaria tinha chorado. Segundo Michael, ela então desceu para ir até a barraca onde Azaria estava, e no meio do caminho, ela diz ter visto um animal ao longe. Após ver o animal nas redondezas, Lindy apressa o passo na direção da barraca. A mulher explica que viu o dingo meio de relance, como se estivesse se afastando rápido. Naquele momento, Lindy lembrou que não havia comida na barraca, mas o animal poderia ter arranhado a pequena Azaria. De acordo com Lindy, ela correu nos últimos metros para chegar o mais rápido possível, e quando chegou, olhou para o cesto onde estava sua filha. Azaria não estava onde a mãe a havia deixado. Desesperada, Lindy olha em volta, mas não encontra a bebê. Sem acreditar no que estava acontecendo, Lindy então grita o mais alto que pode para chamar a atenção, e lembra que aquela foi sua maneira de pedir socorro da forma mais rápida. Michael e Greg correm na direção de Lindy, e ela pergunta se alguém tem uma lanterna, pois um dingo havia pegado sua bebê. Olha só amigos, essa história, eu já começo para vocês contando exatamente o que aconteceu ali naquele dia. Essa família que tinha como pai o Michael Chamberlain e a mãe, Lindy Chamberlain, vai passar férias num local conhecido por Ayers Rock, que tinha ali grandes formações rochosas, era um local que tanto as pessoas do país como turistas iam para visitar nas férias e bater fotos. O Michael e a Lindy tinham levado os três filhos, todos pequenos, dois meninos, e a pequena Azaria, que era a mais nova, que tinha ali em torno de três meses. Então ela deixa essa bebê ali dentro de uma barraca, algumas pessoas escutam o choro da bebê, e quando ela retorna, a bebê não se encontra mais no local. E aí surge essa suspeita de que um animal, chamado lá por eles de dingo, que era ali como se fosse um cachorro selvagem, teria levado a pequena Azaria. Bill West foi mais outra testemunha que diz ter ouvido um cachorro rosnar, e depois ouviu Lindy Chamberlain falar alguma coisa. Sua esposa, Jude West, saiu para ver o que estava acontecendo, e voltou com uma terrível notícia, um dingo havia levado o bebê de Lindy. Jude conta que já estava anoitecendo, quando a pequena Azaria sumiu, e explica que ela e o esposo ouviram o rosnado do dingo, e depois, logo em seguida, ouviu Lindy gritar, e então pensou, eu realmente ouvi isso, Jude continua seu relato, você estava procurando, então a Jude era uma das pessoas que estava próximo ali do casal quando tudo aconteceu, então ela continua o relato, e fala o que ela viu ali, contando para a Lindy, que era a mãe da bebê, a Jude fala o seguinte, abre aspas, você estava procurando, não tinha ninguém ali próximo para que eu pudesse perguntar, vi Aidan parado perto da barraca, me dirigi a ele, e disse, um dingo levou sua bebê, somente após alguns instantes, foi que Jude percebeu que tinha falado aquilo a uma criança, e então se perguntou como foi capaz de indagar algo do tipo, como foi capaz de falar algo do tipo a um garoto, Jude se recorda que Aidan respondeu o seguinte, abre aspas, um dingo está com nosso bebê na barriga, fecha aspas, então amigos, aquilo virou uma loucura, porque a Jude escuta a Lindy gritando e tal, e que um dingo tinha levado a bebê, e quando ela sai para ir ver também, acompanhar o que tinha ocorrido, ela vê o Aidan, o Aidan era o irmão mais velho da bebezinha, filho da Lindy, mas ele era um garoto ainda, e a Jude conta que naquele desespero, sem entender direito o que estava acontecendo, ela pergunta para ele, para uma criança, se um animal tinha levado a bebê, e aí ela diz que só se tocou do que ela tinha feito depois. Jude West diz que com certeza o menino entendia tudo o que tinha acabado de acontecer ali, Lindy acredita que o garoto a seguia quando ela estava indo em direção a barraca, mas que ele não o viu dentro da barraca, pois ela ficou na sua frente, Lindy se emociona ao lembrar que por alguns anos, Aidan se culpava pelo que tinha ocorrido a sua irmãzinha, pois não tinha fechado o zíper da barraca, e não sabia que o zíper na verdade estava quebrado, e aí a gente volta para o relato do ocorrido, enquanto pedia ajuda e procurava por sua bebê, Lindy vai até uma das vans que estava ali perto, e pede uma lanterna a Murray Hebbie, Murray lembra que Lindy disse a ele que um dingo tinha levado sua bebê, e ele perguntou como ela sabia que tinha sido um dingo, e em que direção ele tinha ido, Lindy não quis perder tempo explicando ao homem que tinha sido um dingo, e apontou a direção que o animal teria ido, imediatamente Murray respondeu dizendo que iria procurar, Lindy Chamberlain não tinha visto, mas havia uma poça de sangue em um dos colchões das crianças, Sally Lou foi a testemunha que viu a poça, e logo imaginou que as chances de Azaria estar viva eram mínimas, outra testemunha também deu seu relato, Amy Whitaker diz que viu Lindy perguntar a Michael se ele achava que talvez alguém tivesse entrado na barraca e pegado a bebê, segundo Amy, Michael respondeu falando bem baixo o seguinte, mas e o sangue? Lindy conta que procuravam por Azaria enquanto um policial chegou, e ordenou que eles ficassem em um determinado local, e que iriam fazer a busca pela bebê, e que se a encontrassem, não queriam ter que fazer uma outra busca por eles, pelos pais, Lindy Chamberlain diz que posteriormente, o local era um cenário de deserto, com um mato muito baixo, e com pedras, o local, o Luro, e especificamente Ayers Rock, era um atrativo por conta justamente dessas rochas, então muitos iam ali naquela época, pessoas do país da Austrália, pessoas nativas e também turistas, então o que é que se fazia, eles iam ali para um local próximo, para uma rocha, onde eles podiam subir nessas rochas, onde tinham também, inclusive, cavernas, onde podia-se tirar fotos, e eles acampavam ali ao redor daquelas rochas, nos locais mais conhecidos, e que estacionavam ali suas vans, e armavam as barracas, então tinham muitas barracas ali, umas próximas das outras, e as pessoas ficavam ali próximas, umas das outras, então por esse motivo, tinham várias pessoas próximas, se armavam ali barracas, acampamentos, então por esse motivo existia várias testemunhas que diziam ter ouvido um cachorro rosnado, um cachorro selvagem, que eles chamavam de Dingo, e o choro dessa criança, por conta das pessoas estarem ali, não tão longe de umas das outras, e aí eu vou continuar com vocês aqui essa história, Lind Chamberlain diz que posteriormente, recebeu várias cartas de pessoas criticando o fato de eles estarem naquele hotel com uma bebê, e criticando a forma como ela reagiu ao ocorrido, Lind deixa claro que somente agiu da forma dela, e que muitas pessoas em seu lugar, teriam literalmente surtado, e explica que não era assim, e que ela agiu a sua própria maneira, lidando com aquela terrível situação, as buscas continuaram durante toda a noite, com rastreadores locais, e guardas da região, que encontraram alguns rastros característicos do animal, no dia seguinte, Michael e Lind, prestaram alguns esclarecimentos à polícia, que recomendou que eles se preparassem para voltar para casa, porém, antes de voltar para Mount Isa, o casal teve que encarar a imprensa, então amigos, é feito ali uma busca, durante toda a noite, que se estende pela madrugada, infelizmente, a bebê não é encontrada, o Michael e a Lind são instruídos pela polícia, a voltarem para a residência, para a sua casa, para o local onde eles moravam, vários jornais, noticiaram a terrível história de Azaria, um bebê de mais ou menos 3 meses, que teria sido levado por um dingo, na região de Ayers Rock, em uma das entrevistas cedidas por Lind, ela revela que nos dias seguintes ao desaparecimento de sua bebê, se alguém chegasse com uma arma, e apontasse para sua cabeça, dizendo que iria atirar, ela diria que podia ir em frente, ela não se importava, tamanha era a dor e desilusão, naquele momento, então cara, só ela, bicho, para saber, a gente fica tentando aqui, imaginar como lidar com a situação daquelas, uma situação terrível daquelas, você sai de férias com a sua bebê, e de repente, volta para casa sem a bebê, depois de uma tragédia dessas, Lind conta que seu pai foi a primeira pessoa da família a se tornar cristão, e aí a gente vai saber, amigos, um pouco aqui, sobre a família da Lind, ela dá um relato aqui, sobre o pai dela, Lind conta que seu pai foi a primeira pessoa da família a se tornar cristão, e quando adulto, se tornou pastor da igreja adventista do sétimo dia, Lind se recorda de ensinamentos que seu pai lhe passou, um deles, era sempre tentar entender, enfrentar, resolver, e seguir em frente, superar situações e circunstâncias difíceis que acontecem ao longo da vida, Lind diz que este ensinamento foi muito valioso para ela, durante a tragédia que lhe ocorreu com Azaria, quando retornam a Mount Isa, os Chamberlain tentam, de alguma forma, voltar a vida normal, dias depois, Lind acompanha pela TV, a notícia de que encontraram o macacão de Azaria, mas que o casaco de tricô que ela também vestia, não estava junto, diante do achado, a polícia passou a suspeitar de que houve interferência humana, Lind diz que ficou chateada, pois a polícia poderia ter informado a ela sobre o achado das peças de roupa da bebê, antes que fosse noticiado, e saber daquilo pelos jornais, fez com que seu coração disparasse, ela se recorda de ver o vídeo na TV, de um cara manuseando as roupinhas de Azaria, enquanto outra pessoa filmava, o homem no vídeo parecia ser o perito, e explicava para as câmeras que no macacão, tinha uma grande mancha de sangue próximo a gola, e a blusa também estava bem manchada, Lind Chamberlain lembra que boatos começaram a circular a respeito do ocorrido, e quando isso aconteceu, pessoas passavam gritando em frente a sua casa, fosse dia ou fosse noite, Lind diz que pessoas gritavam para eles, falando coisas desagradáveis, e que sempre que os reconheciam em algum lugar, ficavam olhando para eles e agiam, como se comentassem algo entre si, Michael Chamberlain revela que ele e Lind não conseguiam compreender o porquê das pessoas os acusarem de ter batizado a filha de Azaria, que segundo um dos boatos, esse nome significava sacrifício no deserto, Michael explica que não era isso que o nome significava, de acordo com ele, Azaria significava abençoada por Deus, e por esse motivo escolheram aquele nome. Então amigos, uma coisa bem triste relacionada a esse caso, além do que tinha ocorrido com a família, é que as pessoas começaram a inventar histórias, a gente lembra que, eu lembro para vocês que não tinha tido ainda uma investigação nem nada, mas mesmo assim, as pessoas começaram a tratar os Chamberlain de uma forma diferente, onde eles moravam, na comunidade, e começaram a criar boatos absurdos, como esse que ele conta, de que disseram que o significado do nome de Azaria era sacrifício no deserto, então seria algo ali sugestivo, dando a entender que o que teria ocorrido com a bebê seria outra coisa, olha isso. O jornalista Mike Carlton conta que havia também outro boato, que sugeria que o filho mais velho, Aidan, teria matado a própria irmã, e que os pais encobriram isso. O jornalista diz que essas teorias, uma mais bizarra que a outra, foram crescendo e se multiplicando, ficando inclusive mais elaboradas. Outra teoria absurda mencionada por Lind, dizia que eles, os pais, teriam pagado alguém para forjar a morte da bebê. A jornalista Ita Boutros, que cobriu o caso, diz que havia todo tipo de especulação sobre ter acontecido algum ritual com Azaria, algum ritual satânico e coisas desse tipo. Eram inúmeros os boatos que surgiram que falavam também que a bebê teria sido vendida como escrava branca, e também um que afirmava que Azaria, na verdade, tinha sido levada por um morcego gigante, ou seja, infinitas teorias, uma mais absurda que a outra. Então, amigo, sobre isso aqui, cara, eu não vou nem falar nada, eu vou nem comentar nada, a gente só consegue pensar, quando a gente escuta isso, na questão das fake news, como isso pode ser tão absurdo, as pessoas sem saberem de nada ainda, das circunstâncias e tal, da história, sem investigação, elas começam a inventar várias coisas que chegam a ser inacreditáveis, como que alguém pudesse inventar aquelas histórias. Linde conta também de algo que ela ouviu, sobre ter sido uma mulher aborígene a responsável pelo desaparecimento da bebê, e que inclusive sangue de coelho foi espalhado no local, e que tudo isso era de conhecimento dela e de Michael. Linde diz que o boato que mais a incomodou foi o de que eles maltratavam Azaria, e que agrediam os outros filhos também, e que os Chamberlain não queriam a bebê, porque ela não era uma bebê normal. O pior de tudo isso foi que Linde e Michael começaram a receber cartas de pessoas dizendo que Linde deveria ser enforcada, e que 99% das pessoas sabiam que ela era a culpada. Em outras cartas, Linde era chamada de assassina, e afirmava que ela tinha matado a bebê, porque ela não era normal. Em outro trecho, a pessoa dizia que Michael deveria se divorciar de Linde, e procurar uma boa mulher, e não ficar com uma assassina. Cara, é absurdo isso. As pessoas tinham o trabalho de parar, escrever tudo isso e mandar cartas pra eles, principalmente atacando a Linde por algo que eles não tinham visto, que ninguém sabia, ninguém tinha certeza dos fatos. Olha só que loucura, né bicho? Havia cartas em que o autor afirmava que se não tinha sido Linde que tinha matado Azaria, então teria sido o filho. As acusações eram muitas, e as pessoas começaram a falar também sobre os pais de Linde, os avós de Azaria. Aves e Klinth Murchison, mãe e pai de Linde, que não tiveram nem a chance de conhecer a neta, se juntaram à família para o funeral de Azaria. Enquanto isso, a mídia intensificou a especulação sobre a igreja adventista. O doutor Lyle Reis, diz que parte da cultura australiana, o doutor Lyle Reis, o doutor Lyle Reis, o doutor Lyle Reis, diz que parte da cultura australiana tinha um pé atrás com pastores da igreja adventista, e muitos viam os adventistas como seguidores de uma religião estranha. Com muitos repórteres cobrindo e tentando desvendar a história e as inúmeras insinuações falsas que giravam em torno dos Chamberlain, eles continuam cooperando cada vez mais com essas investigações, a fim de esclarecer tudo e colocar um ponto final naquilo. Linde passa a dar várias entrevistas no intuito não só de esclarecer tudo, como também de alertar as pessoas sobre o perigo dos dingos em Uluru. O que poderia ser algo positivo para Linde, acabou se tornando o contrário. As pessoas viam suas entrevistas e achavam que ela não demonstrava emoção e não chorava ao falar da morte de sua própria filha, e que parecia muito fria ao falar sobre o antes e depois do sumiço de Azaria. O advogado de Linde, porém, explica o que ocorreu em uma entrevista específica para a TV, que foi ao ar. O advogado Ken Crispin explica que ficou preocupado ao ver a entrevista na TV, mas solicitou que lhe fosse enviada a gravação completa, sem edição daquela entrevista. Ken diz que aconteceram várias tomadas com Linde, quando lhe pediam que ela desse seu relato sobre aquele dia, e sempre que Linde começava a falar, em alguns segundos embargava a voz, emocionada, e então caía no choro. Sempre que isso acontecia, o jornalista responsável interrompia e pedia que Linde começasse novamente. O advogado diz que foram feitas sete tentativas, até que Linde conseguisse falar sem chorar e sem se emocionar, ou seja, os responsáveis pela entrevista praticamente forçaram Linde a falar sem chorar, com o pretexto de que era necessário explicar bem, para que as pessoas entendessem toda a história. Então amigos, isso aqui está muito claro, mas só para a gente explicar e que vocês entendam, todos entendam, a Linde começou a dar entrevistas para deixar tudo claro, e em uma dessas entrevistas para um canal de TV, ela chorou ali, sempre que começava a falar ela chorava, mas os caras cortavam isso, e a entrevista que vai ao ar, editada, é a entrevista onde ela não chora, sendo que ela já tinha feito ali seis tentativas, e na sétima foi que ela conseguiu, então por algum motivo ali, a emissora de TV, ela não queria mostrar que a Linde se emocionava, então aquela entrevista quando ela vai ao ar, toda editada, sem a Linde chorar, nem se emocionar, dá a entender uma outra coisa, passa uma outra imagem para quem estava assistindo, e só depois o advogado foi conseguir explicar e mostrar como na verdade tinha sido a entrevista. Olha isso, a jornalista Ita Boutros, disse que recebeu uma carta dos pais de Linde Chamberlain, um trecho da carta, dizia o seguinte, se as pessoas tivessem conseguido ver e ouvir os soluços que foram de partir o coração, e que presenciamos em tantas ocasiões, entenderiam a profundidade da dor e a tristeza que Linde viveu, ela nunca deixou o mundo ver como ela se sente, eles saberiam que ela não é durona e indiferente. O juiz Michael Kirby, diz que algo que deixou as pessoas possivelmente desconfiadas, foi o fato de Linde Chamberlain não aparecer nas câmeras gritando, berrando e assim por diante, em sua visão, o juiz diz que cada indivíduo reage de forma diferente em situações de crises e tragédias, e que pessoas que tem religião e fé, podem se sentir mais consoladas que outras nessas circunstâncias. Um amigo de Michael Chamberlain, Gordon Hammond, diz que a coisa mais triste que ele ouviu dele, foi quando Michael lhe contou que depois de tudo o que tinha acontecido, o que o fazia sofrer mais, é que ele simplesmente não conseguia lembrar do rosto de Azaria. Gordon chora enquanto diz isso, e lamenta muito que Michael estivesse passando por algo tão terrível, e acredita que a forma como tudo aconteceu, afetou o amigo de tal forma, que apagou completamente da memória. Então é muito triste o pai da bebê dizer isso para um amigo, que tudo o que estava acontecendo, ele simplesmente não conseguia mais lembrar do rosto da bebê. Olha só que trauma, que coisa pesada né bicho. O detetive Graham Sherwood é o encarregado de dar continuidade às investigações do caso, e as especulações aumentam quando o casaco de tricor não é encontrado. Linde afirmava que Azaria estava vestida no casaco no dia em que tudo ocorreu. Sherwood supervisiona as evidências para o primeiro inquérito, e então vai até Mount Isa para entrevistar os Chamberlain. Esse primeiro inquérito foi realizado em Alice Springs, e em dezembro de 1980, Linde e Michael se dirigem até o tribunal, para uma coletiva de imprensa. As pessoas continuavam focando em Linde, e criticando tudo o que podiam. Seu jeito de falar, seu jeito de se vestir, suas expressões faciais, etc. O jornalista Mike Carlton explica que naquela época, a sociedade era muito mais sexista que atualmente, e que Linde era criticada livremente pelo simples fato de ser mulher. A imprensa acompanhou o caso de forma integral, e devido às manchetes sensacionalistas sobre Linde, e sobre o caso em si, a opinião pública a julgou rapidamente. Várias pessoas continuavam a escrever cartas em que diziam que Linde havia matado a própria filha. Algumas poucas cartas eram de mulheres que diziam acreditar em Linde e que ela não era a culpada, mas várias outras pessoas escreviam falando coisas absurdas, principalmente para Linde. Os investigadores voltaram ao Luro e descobriram que a polícia havia cometido vários erros. Então, amigos, isso aqui, conforme vai surgindo várias histórias, chega um momento, alguns meses depois, que a polícia local vai investigar tudo, para que fique tudo esclarecido. E aí, quando os investigadores voltam para o local, eles descobrem que a investigação da polícia, dos policiais locais, tinha... que os policiais locais tinham cometido vários erros nessa investigação. Por exemplo, após o desaparecimento de Azaria, traços de sangue foram achados na barraca. Porém, a análise científica do material foi adiada. Outra questão foi a câmera da polícia que estava quebrada. Então, não foi possível tirar fotos e registrar detalhes do local. Além disso, uma semana depois, quando o macacão foi encontrado, a câmera da polícia ainda continuava quebrada. Por esse motivo, um fotógrafo profissional precisou ser chamado. Wally e Margot Goodwin foi o casal de testemunhas que encontrou o macacão de Azaria. Wally conta que foi chamado para depor no primeiro inquérito e lembra que, inclusive, não conhecia ainda Lindy Chamberlain. Wally se recorda que algumas testemunhas depuseram e, depois, foi sua vez. Wally diz que foi perguntado pelos investigadores se ele tinha visto as fotos que a polícia tinha tirado. Nesse caso aqui, não foi a polícia. Eles tiveram que chamar o fotógrafo profissional para fazer as fotos para a polícia. E se ele poderia mostrar como as roupas foram encontradas olhando aquelas fotos. Para surpresa dos investigadores, Wally disse que nenhuma daquelas fotos mostrava como as roupas tinham sido encontradas. Pois, segundo ele, antes que as fotos fossem tiradas, o policial Morris pegou as roupas. Então, amigos, só para explicar para todo mundo isso aqui. Muita gente sabe como é o procedimento, mas algumas pessoas não sabem como funciona. Como funciona é o seguinte. Foi achado ali a roupa da bebê, que era, obviamente, uma prova. E aquela roupa tem que ficar exatamente onde ela está para aí sim vir o fotógrafo e tirar a foto exatamente no local que ela está, do jeito que ela foi encontrada. E essa testemunha diz que um dos policiais, quando viu a peça de roupa lá, ele não tirou a foto. Ele pegou, coisa que é considerada um erro grotesco. E depois que ele pegou nas mãos as peças de roupa, ele colocou de novo no chão para a pessoa vir e tirar a foto. Ou seja, aquilo era algo que era um erro crasso. Não poderia ter acontecido. Ou seja, aquela prova tinha sido comprometida. E aí, a gente vai continuar. Os investigadores dizem para Wally que em seu relatório, Morris negou ter tocado nas roupas. Wally reafirma que viu o policial pegar as roupas e que inclusive comentou isso com sua esposa. Margot Goodwin confirma a história do seu companheiro. O inquérito também pegou o relato de rastreadores aborígenes que participaram da busca na noite em que a bebê desapareceu. Um dos aborígenes mais experientes da região, Nipper Wimat, afirmou que os rastros indicavam um dingo de tamanho grande e que foi possível verificar marcas na areia que sugeriam que o animal, em algum momento, precisou colocar a bebê no chão, muito provavelmente enquanto descansava. Lind Chamberlain conta que recebeu várias cartas de pessoas. Então, amigos, vários detalhes vão mostrando que era realmente possível que o dingo tivesse pegado a bebê, tivesse levado a bebê e isso é confirmado por rastreadores, caras da região que conhecem os dingos, conhecem o rastro dos dingos e afirmam que se tratava de um animal grande. Lind Chamberlain conta que recebeu várias cartas de pessoas que contavam experiências recentes de ataques feitos por dingos naquela mesma região. Alguns desses relatos diziam que os dingos atacavam bezerros e os tiravam de suas mães. Lind diz que se eles atacavam bezerros, isso demonstrava que os animais conseguiriam sim pegar uma bebê de três meses. Outra informação que corroborava a tese de que um dingo teria realmente levado a bebê é a notícia de que os guardas florestais tinham reportado os ataques duas semanas antes do trágico acontecimento com os Chamberlain. O chefe dos guardas, Derek Hough, informou aos governantes que as pessoas estavam sofrendo ataques e pediu munição para que pudesse abater os animais. Derek Hough praticamente previu o que iria ocorrer em mais ou menos duas semanas. Em sua solicitação, ele escreveu que era época de seca e por isso os dingos estavam com muita fome e, por conta disso, estavam mais perigosos. Em um trecho, o chefe dos guardas escreveu o seguinte, abre aspas, Os bebês serão as próximas presas, fecha aspas. A família West, que estava acampada ao lado dos Chamberlain, também conta seu relato sobre o ataque de um dingo. A filha do casal, Catherine, estava sentada fora da barraca na noite anterior ao desaparecimento. Um dingo se aproximou e ficou a menos de um metro de distância da garota, segundo ela. Catherine diz que olhou para o animal que ficou lhe rondando e, poucos segundos depois, o dingo chegou mais perto e a mordeu no braço. Catherine chamou pela mãe, Judy West, que foi ver o que acontecia e colocou o animal para ir embora dali. O inquérito também ouviu um dentista. Então, amigos, aqui, várias coisas, relatos de testemunhas, de pessoas que estavam no local dias antes dos guardas, de rastreadores, vão mostrando que toda aquela história era, sim, algo possível de acontecer e que, provavelmente, era realmente o que tinha acontecido. Os relatos e várias evidências vão mostrando isso. O inquérito também ouviu um dentista, Kenneth Brown. O profissional afirmou que não era possível que os buracos na roupa de Azaria fossem de dentes de animais. Porém, seu relato foi colocado em xeque pelo fato de que ele era especialista em dentes de pessoas e não em dentes de animais. Então, esse relato aqui, ele é o único, a única evidência que caminha no sentido contrário a tudo que já tinha sido dito. Só que há um porém para esse relato desse profissional. Ele analisou ali os possíveis buracos de dentes do Dingo, só que ele não era especialista em dentes de animais. Ele era especialista em dentes de pessoas. Contudo, o que chamava mais a atenção era o fato de que o casaco de Azaria continuava desaparecido. Michael Chamberlain dizia que era muito importante que aquela peça de roupa aparecesse, mas, infelizmente, o casaco nunca foi achado. Uma audiência foi convocada pelo chef Barrett para informar todas as descobertas do inquérito e colocar fim a todas as insinuações feitas sobre o caso. A todas as insinuações feitas sobre o caso. O legista responsável pelo caso é chamado e lê o relatório final do inquérito. Abre aspas. Abre aspas. Estou certo de que as provas fornecidas pelos Chamberlain eram verdadeiras, precisas e corroboradas por testemunhas oculares verdadeiras e independentes e pelas evidências de muitos especialistas. Fecha aspas. No relatório, Barrett ainda critica a atuação da polícia pela investigação forense inadequada e critica também o governo do território do norte por falhar em relação aos vários alertas feitos sobre Dingos em Uluro. No final do relatório, Barrett diz o seguinte. Abre aspas. Constato de que a posse de Azaria pelo Dingo foi interrompida por intervenção humana na noite de 17 de agosto de 1980. Barrett deixa claro no final do relatório que há a possibilidade de que após o Dingo levar a bebê, pessoas desconhecidas interviram e podem ter pegado o corpo de Azaria. Lind confessa que ficou surpresa com essa parte em que Barrett assume a possibilidade de interferência humana e, posteriormente, ela descobre que Barrett havia recebido cartas de pessoas que faziam acusações nesse sentido. Porém, essas acusações nunca puderam ser verificadas. Naquele momento, Barrett afirmava que havia essa questão de alguém estar envolvido após o Dingo pegar Azaria. Porém, pouco tempo depois, o legista disse que se tivesse que fazer a investigação novamente, teria eliminado a possibilidade de intervenção humana no caso. E dizia agora que estava certo de que não teve envolvimento nenhum de pessoas no desaparecimento da bebê. Por fim, o inquérito mostrava que Michael e Lind disseram a verdade sobre o caso e isso foi corroborado por testemunhas e especialistas. Na saída da audiência, Michael Chamberlain diz aos jornalistas que a partir dali se iniciava uma nova vida para ele e sua esposa e que tinham passado seis meses de muita decepção e humilhação, além da tragédia. Lind responde também aos jornalistas e enfatiza que, se o acampamento fosse seguro, talvez nada daquilo tivesse acontecido. Lind Chamberlain explica que o legista criticou os métodos de investigação forense que estavam a cargo do governo do território do norte e que aquilo pode ter soado como uma crítica à competência dos governantes. O final daquele primeiro inquérito demonstrou que Michael e Lind não tiveram participação no desaparecimento de Azaria, mas deu margem à possibilidade de interferência de pessoas. Depois de toda uma investigação de inquérito sobre o sumiço da bebê, o responsável diz que acredita que tudo que foi falado pelos pais era verdade e que aquilo foi corroborado com testemunhas oculares e com testemunhas especiais. Mas ele, nesse relatório, deixa no ar a possibilidade de ter acontecido intervenção humana, ou seja, alguém que pegou o corpinho ali talvez da bebê já depois de ela morta pelo dingo e, por algum motivo, levou esse corpo ou alguma coisa do tipo. Ele deixa essa possibilidade de alguém, ele cita pessoas desconhecidas, terem pegado a bebê só que após o dingo ter se apossado dela. E essa questão ele fala depois, ele dá um relato, ele dá uma entrevista depois dizendo que se tivesse que fazer uma nova investigação ele teria tirado essa questão completamente do relatório, que ele realmente não acreditava que tinha existido intervenção humana. Mas no inquérito que ele fez e que ele colocou como sendo informação oficial naquele relatório, ele dava essa margem. O jornalista Jim Brown conta que poucos dias após aquele veredito, informações davam conta de que o alto escalão do governo queria prender Lindy Chamberlain. Segundo o jornalista, uma fonte segura... Segundo o jornalista, uma fonte segura lhe disse que um participante da alta cúpula do governo falou em uma reunião o seguinte, abre aspas, A fonte de Jim Brown diz que eles se sentiram humilhados com o veredito de Barrett e que além de tudo o turismo da região foi fortemente impactado de forma negativa. Atingido pela crítica pesada feita às investigações do primeiro inquérito, o odontologista Kenneth Brown foi até Londres, Inglaterra e conversou com o patologista forense James Cameron. Brown levou o macacão, uma blusa, a fralda e o crânio de um dingo. Cameron examinou todos aqueles itens e Kenneth Brown informou o parecer do especialista ao comissário chamado Peter McCauley. Cameron, então, foi chamado para ir à Austrália. Em setembro de 1981, em Brisbane, Austrália, Cameron se encontrou com o ministro-chefe do Território do Norte, Paul Everham. Em setembro de 1981, em Brisbane, Austrália, Cameron se encontrou com o ministro-chefe do Território do Norte, Paul Everham, com o comissário McCauley e com o detetive Graham Charles Woods. Outra pessoa envolvida naquele assunto foi o advogado Des Sturges. O parecer de James Cameron dizia que a bebê não poderia ter sido levada por um dingo. A tese de Cameron é que a bebê tinha sido segurada enquanto alguém cortou sua garganta. O patologista ainda diz que havia uma marca de mão ensanguentada nas costas do macacão de Azaria. Cameron diz que era preciso investigar para que fosse descoberta a razão pelo qual alguém faria aquilo a uma bebê. E aí, é... E aí, amigos, há uma conversa entre o advogado Des Sturges e um superintendente-chefe de polícia de Darwin, chamado Neil Plumb. Neil Plumb diz que havia conversado com um homem chamado Campbell, identificado apenas assim, e diz que falou com ele sobre um outro assunto e que ele havia ligado na noite anterior. Neil continua e explica que o homem estava trabalhando numa tese, que era sobre a informação de que Azaria teria chorado, fato que todas as testemunhas confirmam, e foi isso, inclusive, que fez com que Lynch tenha ido checar o que estava acontecendo. O homem diz o seguinte, abre aspas, Uma criança, no momento em que está sendo sufocada, pode fazer um barulho como um choro. Poderia ser após a aplicação da força, minutos depois ou algo assim. É um som parecido com tosse ou algo assim. Na verdade, pode ser o último barulho que a criança faz. Isso explicaria o choro fora do comum. De qualquer forma, ele vai escrever para o Cameron sobre o assunto. Fecha aspas. Após aquela breve conversa, a ligação é encerrada. Ainda no mês de setembro, o ministro-chefe anuncia que a investigação sobre Azaria seria reaberta. O jornalista Jim Brown acredita que falaram com Cameron. O jornalista Jim Brown acredita que falaram com Cameron, um profissional de um outro continente, um outro país, pelo fato de que ninguém na Austrália ou na região aceitou falar o que o território do norte queria. Segundo o jornalista, muitos especialistas foram procurados, mas nenhum aceitou falar o que os representantes do território do norte queriam que eles falassem. Depois de um tempo, há uma notícia do jornalista Jim Brown que cobriu todo o caso, de que ele havia recebido a informação de uma fonte que o governo, alta cúpula, estaria com muita raiva depois de sair o relatório do primeiro inquérito do legista Barrett, que criticou pesadamente tanto a investigação que foi feita pela polícia do local, como os governantes do território do norte, que, pelas investigações, foram mostrados que eles não deram ouvidos ao que os guardas florestais tinham falado, que vinha acontecendo ataques de dingos e tal, para eles tomarem alguma providência, inclusive esses guardas pediam munição para poder abater os animais que estavam se aproximando das pessoas e, inclusive, atacando algumas pessoas. E aí os caras decidem fazer uma nova investigação e chamam um especialista, um patologista forense, lá da Inglaterra, e esse jornalista diz que várias pessoas na Austrália que foram abordadas pelo território do norte, eles não aceitaram aquela tese que eles queriam colocar ali, de que a bebê tinha sido, na verdade, morta e tinha tido a garganta cortada. Como procurador-geral e ministro-chefe, Paul Everhan então chama o segundo inquérito de Operação Ocre e diz que orientou a polícia a investigar mais as circunstâncias do caso Azaria Chamberlain em Ayers Rock. Como procurador-geral e ministro-chefe, Paul Everhan então chama o segundo inquérito de Operação Ocre e diz que orientou a polícia a investigar mais as circunstâncias do caso Azaria Chamberlain em Ayers Rock. Lind Chamberlain conta que policiais foram até sua casa, bateram na porta e disseram que o caso tinha sido reaberto e estavam ali para fazer uma busca. Lind lembra que um dos policiais balançou um papel dizendo que se tratava do mandado por escrito e que logo em seguida colocou o papel novamente no bolso. Lind diz que não chegou a pegar o papel para ler e por isso não soube que havia a suspeita de homicídio descrito nele. Poucas horas depois, helicópteros sobrevoaram a casa dos Chamberlain e em seguida vários carros de emissoras de TV estacionaram em frente à casa da família e passaram a vigiar o lugar o tempo todo. Além da casa dos Chamberlain, várias outras equipes da polícia foram até a casa dos Westes, dos Lowes, dos Whitakers, dos Goodwins e dos Habes. Vocês lembram? Essas famílias são todas as pessoas que eram testemunhas e estavam lá junto com a família Chamberlain quando tudo aconteceu. Paul Everhan, o ministro chefe, dá uma entrevista e diz que acreditava que as investigações durariam mais algumas semanas pelo menos e que trabalharia para que se não estendessem mais do que isso. Todas as testemunhas são entrevistadas, porém, ninguém mudou seu relato sobre o ocorrido. Em a entrevista, Sally Lowe conta que a maior parte do tempo em que os policiais a interrogaram, eles insistiram em uma pergunta. A pergunta era a seguinte, se Sally tinha certeza sobre o choro da bebê e sugeriam que ela talvez estivesse equilibrada. Sally conta que os policiais deram ideia de várias coisas que ela poderia ter ouvido e que podia ter confundido com um choro de bebê, mas Sally continua dizendo que o que ouviu foi sim o choro de Azaria. Greg Lowe também confirma que os investigadores pareciam querer conduzir o interrogatório para outra direção, diferente do que tinha sido dito no primeiro inquérito. Greg conta que uma das sugestões da polícia naquele novo interrogatório é o de que Azaria já estivesse morta quando Lindy a colocou na barraca. Quando Greg diz que não e que viu a bebê, os investigadores dizem que ele só está falando aquilo para corroborar o que Sally falou, pelo fato de que Sally era a esposa dele. Os policiais também interrogaram novamente Catherine West e insinuam que o que ela falou em seu relato foi algo inventado. Murray e Diana Habe acreditam que os policiais estavam decididos a mostrar que o que tinha acontecido era um homicídio. Murray conta que eles falaram abertamente a ele que Lindy era a culpada e que só precisavam buscar informações para provar. A casa dos Chamberlain passa por uma revista minuciosa e o casal é levado para a delegacia. Na delegacia, Lindy é separada de Michael e o detetive Sherwood grava a conversa que tem com ela sem que ela soubesse que estava sendo gravada. O detetive acreditava que arrancaria uma confissão de Lindy naquele momento. Lindy não fala nada que o policial esperava que ela falasse e então ele apresenta a teoria de Cameron a ela. Teoria que sustentava que Azaria teve a garganta cortada. O carro dos Chamberlain foi levado pelos investigadores e examinado pela bióloga forense Joy Kuhn. Joy teve a ajuda de Gene Metcalf que fazia parte oficialmente da Operação Okri. As descobertas que Joy faz são utilizadas para anular o que havia sido descoberto no primeiro inquérito, mas a princípio não foram divulgadas publicamente. O amigo dos Chamberlain Gordon Hammond conta que a esta altura Michael sabia que os representantes do território do norte estavam agindo para prejudicá-los e para tentar mostrar que eram os culpados pela morte de Azaria. Sabendo da reabertura do inquérito e com a informação de que os pais poderiam estar envolvidos na morte da bebê, a imprensa então acompanha os Chamberlain para onde quer que eles vão e monitora 24 horas por dia toda e qualquer movimentação do casal e dos investigadores. Em 14 de dezembro de 1981, são conduzidas as tratativas para a conclusão do segundo inquérito. De Sturges foi escolhido como promotor da segunda investigação, ou seja, a acusação. Linde conta que várias pessoas foram intimidadas. Linde faz uma grave denúncia e conta que várias pessoas foram intimidadas para falar em seus testemunhos. Com base na declaração do patologista James Cameron e apoiado por evidências de Joy Kuhn, a acusação apresenta um outro cenário para o ocorrido. Em seu relatório, Joy diz que havia traços de sangue no carro e que esse sangue era fetal e coincidia com o bebê da idade de Azaria. Os traços de sangue, segundo Joy, são muitos e aquilo surpreende a todos. Linde conta que o carro foi examinado no primeiro inquérito e naquela ocasião foi dito por eles que o carro estava limpo. Linde dizia não entender como aquilo era possível agora. Mesmo sendo contestada por especialistas, os resultados que Joy apresenta prevalecem, além de colocar em xeque o relato das testemunhas oculares. O jornalista Kevin Hitchcock diz que a prova de sangue era falha, pois o reagente usado para testar o sangue não era confiável. E além disso, Joy era conhecida por não ter tanta experiência e informações davam conta que Joy era pressionada para que os resultados apresentados fossem de acordo com a tese da acusação. Joy também era questionada por não fazer testes adequados para aquele tipo de exame e de não fazer verificações independentes em todos os testes que fez. Professor Barry Butcher, legista forense, conta que Joy Kuhn era conhecida no meio jurídico de Sidney como Sargento Kuhn, pois sempre dava os resultados que a polícia tinha interesse. Então amigos, nesse segundo inquérito, a gente tem questões sobre, por exemplo, os dados dessa legista contratada pela acusação que davam conta de que talvez aqueles resultados não tivessem credibilidade. Mas a Joy mostra resultados que corroboravam com a nova tese defendida pelo segundo inquérito, pela parte da acusação de que a bebê Azaria tinha sido morta. Ou seja, tinha tido a garganta cortada e tinha sido morta por alguém. Cameron deu seu depoimento para a acusação e reafirmou que pelas evidências que pôde observar foram verificadas fortes e uniformes manchas de sangue ao redor da gola do macacão encontrado. Vocês lembram que esse Cameron é o tal patologista forense que foi trazido lá da Inglaterra para a Austrália para ser parte da acusação, para sustentar que aquilo tinha sido um homicídio. Linde diz que Cameron era muito famoso, mas que havia contra ele um caso de falsificação. O profissional foi duramente criticado na época, mas mesmo assim foi chamado pela acusação. Linde acredita que estavam fornecendo evidências a ele e que o homem não tinha experiência suficiente para avaliar o caso específico de um dingo, animal nativo, que ataca e leva embora um bebê. A acusação afirmava, em seu parecer, que na frente da gola do macacão estava um bebê e que o homem não tinha experiência suficiente para avaliar o caso específico de um dingo, animal nativo, que ataca e leva embora um bebê. A acusação afirmava, em seu parecer, que na frente do filho Aidan, Linde levou sua própria filha para o carro e não para a barraca. No carro, cortou a garganta dela e escondeu o corpo em uma bolsa e tudo isso teria sido feito em dez minutos. A tese da acusação diz também que Linde pegou depois o corpo de Azaria e, com a ajuda de Michael, enterraram a bebê. Ou seja, Linde seria acusada de homicídio e Michael como cúmplice. Após o anúncio da acusação, feito no final da audiência, Linde e Michael ficam completamente perplexos. A data do julgamento havia sido marcada e ninguém sabia que antes daquela reviravolta absurda no caso. Então, amigos, aqui eles são acusados de um crime hediondo, de matar sua própria filha, Linde é acusada de cortar a garganta da bebê e, depois, com a ajuda do Michael, enterrar esse corpo. Olha só que coisa macabra o que teria acontecido na tese da acusação. A data do julgamento havia sido marcada e ninguém sabia que antes daquela reviravolta absurda no caso, Michael e Linde tinham decidido ter um outro filho, na esperança de ter outra menina. Linde havia conseguido engravidar, mas não tinham contado isso a ninguém. Porém, algo inesperado acontece, o governo decide mudar a data do julgamento por causa de Cameron, pois ele se recusou a viajar da Inglaterra para a Austrália porque queria aproveitar um evento de cricket na mesma época que fosse para o julgamento. Então, amigos, aquela tese da acusação é anunciada, mas, até o julgamento, Linde e Michael estão em liberdade. Então, só para deixar claro, amigos, depois do anúncio da tese da acusação, eles ficam em liberdade, o Michael e a Linde, aguardando essa data que já tinha sido marcada, só que ela é remarcada por conta desse capricho do Cameron. O governo acatou o pedido de Cameron e mudou a data do julgamento para 13 de setembro de 1982. O julgamento começa numa segunda-feira, na Suprema Corte de Darwin, e por conta da mudança de data, Linde será julgada aos sete meses de gravidez. As cartas com conteúdo absurdo continuavam a ser enviadas para Linde, cartas que diziam que ela havia jogado o corpo da sua própria filha numa fossa, e ainda cartas em que as pessoas desejavam que Aidan, quando crescesse, se voltasse contra o pai e a mãe. Algumas cartas também chamavam Linde e Michael de assassinos, e perguntavam se eles também cortariam a garganta da criança que Linde estava esperando. Olha que absurdo isso, né, bicho? E você pensar que isso aqui era ali no começo dos anos 80, né, cara? Olha só. Para o julgamento, o ministro-chefe nomeou o ex-procurador-geral Ian Barker para ser o líder da acusação, e como assessor dele, o nomeado foi Des Tergers. John Phillips, especialista em direito penal, era o líder da defesa dos Chamberlain, e tinha como assessor o advogado Andrew Kirkham, além dos procuradores Stuart Tiple e Greg Kavanagh. No dia 13, a frente do tribunal estava tomada por inúmeros jornalistas que aguardavam a chegada dos Chamberlain, por volta das 21h45. Ian Barker, líder da acusação, afirma que mesmo que o corpo da bebê nunca tenha sido encontrado, iria provar que em 17 de agosto de 1980, sua garganta foi cortada em Ayers Rock. O jornalista Jim Brown, que acompanhou e cobriu o caso bem de perto, relata que no dia do início do julgamento, havia cerca de 15 ou 20 mulheres em frente ao tribunal, e todas vestiam camisetas que diziam o seguinte, abre aspas, o dingo é inocente, fecha aspas. O jornalista lembra que algumas dessas mulheres cuspiam na direção de Landy enquanto ela entrava no tribunal. Landy relata que tinha que passar por essas mulheres todos os dias ao entrar para o julgamento, mas lembra também que algumas pessoas que se aproximavam enquanto eles entravam, gritavam mensagens de apoio ao casal. Landy conta que era muito difícil encarar aquela situação, e naturalmente ficava tensa e com a expressão fechada. Algumas pessoas vestiam também camisas com desenhos que faziam chacota sobre o caso. Uma das estampas mostrava a Landy como se estivesse disfarçada de dingo. Outra estampa tinha o nome de Azaria, como se fosse escrito com sangue, e uma tesoura insinuava cortar o nome de Azaria enquanto o sangue jorrava. Outro jornalista, Mike Carlton, dizia que havia uma espécie de humor girando ao redor daquele fato horrível, muita coisa inacreditável que era extremamente desagradável. Até mesmo comediantes faziam piadas em seus shows mencionando o caso da morte de Azaria, uma bebê de apenas 3 meses. Além de tudo isso, livros com piadas de dingo também foram feitos e publicados na época. Sobre isso aqui não preciso nem falar nada, e foi uma barra pesadíssima que a Landy e o Michael tiveram que aguentar com isso tudo. E aí voltamos para o julgamento. O julgamento se inicia e durante sua fala, o líder da acusação, Ian Barker, solicitou que Landy explicasse o porquê não tinha sangue nas abas da tenda. Landy começou a chorar e respondeu que Barker não estava lá e que ele estava falando da filha dela e não de um simples objeto. Barker tinha a fama de ser um excelente advogado e as pessoas o conheciam por ser um homem cristão e um bom homem. Landy conta, porém, que não suportava falar com ele e criou uma antipatia quase que instantânea ao ser interrogada por ele. Landy então imaginou que o melhor era tentar conter essa antipatia por Barker em frente ao júri. Chegou então a vez das testemunhas irem ao tribunal para prestar depoimento. É isso, amigos. Eu vou ficar por aqui. Eu peço perdão a vocês por interromper exatamente aqui no início desse julgamento, mas eu volto com a segunda parte o mais breve possível, tá? Vocês notaram aí que é uma história bem chocante, né? Com coisas assim que a gente quase que não acredita, né? Um fato aí muito triste e todo desenrolar aí com pessoas falando coisas absurdas e... Enfim, eu volto pra vocês. Eu volto... Enfim, o Crimecast... Enfim, eu volto o mais breve possível aí em alguns dias com a continuação dessa história sobre Landy Chamberlain. Valeu, amigos. Até mais aqui no Crimecast. Legendas pela comunidade Amara.org

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