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Realismo - Memorias Postumas

Realismo - Memorias Postumas

David Marques

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In relation to realism and naturalism, there was a boom of thought between romanticism and realism. Realism and naturalism are characterized by a pessimistic and cruel view of Brazilian society. The 19th century is important because it shaped Brazil's current configuration. Five important thinkers, including Adam Smith and Karl Marx, influenced both realism and naturalism. Realism criticizes the bourgeoisie and explores the themes of work, appearance versus essence, freedom, and family. Naturalism focuses on the animalization of society, anatomy of character, and the influence of money. Both realism and naturalism critique societal values and lack of freedom for the working class. Em relação ao realismo e ao naturalismo, a princípio, você tem que entender que entre o romantismo, depois de ir a Sema e Senhora, e antes do realismo com o naturalismo, temos um boom de sentido, onde vai ter vários pensadores que vão influenciar na ideia do naturalismo. O realismo e o naturalismo se caracterizam por um pessimismo, um fetichismo, uma ideia muito cruel sobre o Brasil, sobre a sociedade brasileira. Diferentemente do romance e tudo mais, aqui a visão não é idealizada, não temos uma idealização. Aqui é a parte mais importante para a gente, porque ainda estamos no século XIX, e o século XIX é o mais importante, porque aqui acontece tudo o que configura o Brasil atual. Então, todas essas relações que vão ser demonstradas aqui, são extremamente importantes para a configuração do Brasil que conhecemos hoje. Antes, em relação ao romantismo, ir a Sema, Senhora e tudo mais, nós tínhamos a questão da formação da literatura, independência do Brasil, abolição, tudo mais, o Brasil vivo sendo formado, a literatura sendo formada. Só que aqui a gente já tem uma formação, só que é uma formação muito problemática. É claro que um país está sempre em transformação, só que aqui mais a formação já ocorreu. Então, temos uma transformação muito problemática, de acordo com o nosso início histórico. É importante lembrar que antes nós não tínhamos trabalho, e aqui nós temos. Aqui nós temos, de certa forma, trabalho. Ainda não é o trabalho que conhecemos hoje, mas aqui já tem uma noção de trabalho surgindo. Já tem uma certa ideia de trabalho. É importante também entender como foi o contexto de independência do Brasil, entender que não foi de fato uma independência, porque ainda assim, depois de todo aquele processo, ainda estávamos vinculados ao Dom Pedro. E também é importante entender que a nossa sociedade olha sempre para o de fora. O de fora é sempre mais valorizado. O brasileiro sempre quer ir para fora. E a Bárbara deu exemplo de jogadores, pesquisadores, que eles sempre querem ir para fora. Mas eles querem ir para fora porque lá fora geralmente é muito melhor do que aqui, porque é possível avançar na carreira, ganhar mais lá fora do que aqui. Aquele contexto de trabalho que eu contei, é importante também entender o passado dele. A Bárbara já enfatizou demais, já explicou muito. Então, acho que não precisamos enfatizar muito nisso. Só falar brevemente que aquela questão que os escravos foram libertos, só que eles não foram libertos para poder, não foram feitos no trabalho, mas o pessoal nas lavos queria trabalhos italianos, os escravos não tinham lugar na sociedade, toda essa questão. E também, independente do Brasil, não tinha participação popular, mas esse tipo de coisa eu imagino que você já sabe. Eu acho que você quer mesmo o conteúdo específico, porque o resto eu imagino que você já tem entendido. Em relação ao naturalismo e ao realismo. O naturalismo e o realismo, temos como exemplo o escritor Machado de Assis e o naturalismo Aloysio de Azevedo. De uma forma mais geral, eles olham para a sociedade brasileira, eles fazem uma crítica à sociedade brasileira, é uma representação crítica à sociedade brasileira. E o realismo, ele se baseia na economia e na luta de classe, enquanto o naturalismo tem uma visão mais biológica, trabalha com a biologia e a seleção natural. Mas, como eu comentei antes, tem aquela questão do boom científico, que vai impactar muito aqui. E é exatamente isso, nós temos cinco pensadores que vão ser muito importantes para o realismo e o naturalismo, para o pensamento dessas duas escolas literárias. Temos o Adam Smith, temos o Karl Marx, o Malthus, o Darwin e o Ten. Todos eles do século XIX. Todos eles influenciando aqui no século XIX. E essa expansão da ciência, digamos assim, essa expansão da ciência universal, como economia, filosofia, biologia, física, química, sociologia, geografia, entre outras, vai acabar sendo muito importante. Eu não sei se você lembra exatamente de tudo, mas basicamente o Adam Smith, ele fala sobre o liberalismo econômico, que a economia tem que ser mais liberal e tem intervenção, tem tanta intervenção do Estado, se não me engano é isso. É isso, a questão do Estado mínimo também, em que o Estado tem que controlar o mínimo da sociedade. Temos também a ideia de livre mercado, que se um produto está com maior demanda ou menor demanda, o mercado vai se autorregular em relação a oferta, demanda e tudo mais. O Malthus, ele é o da PA e PG, que a população cresce em PG e a comida cresce em PA. Nós estamos invertendo basicamente isso, é a comida que cresce em PA, ou seja, ela cresce de forma linear e a população cresce em PG, ou seja, ela cresce de forma exponencial. Cresce muito mais que a comida, então a comida acaba não sendo suficiente para toda a população. Uma coisa que é importante falar antes é que o Adam Smith e o Malthus, se não me engano, eles influenciaram mais, eles influenciaram ambas as escolas literárias, mas eu acho mais fácil enxergar eles no realismo do que no naturalismo, dá para enxergar também, mas eu acho mais evidente no realismo. O Tenney, ele fala sobre determinismo, raça, meio e momento. Esse daqui é muito óbvio no naturalismo. O Carmar, Karl Marx, fala sobre a mais-valia e a reprodução da exploração, que eu acho mais evidente também no realismo. E Darwin é da seleção natural, da adaptação, e ele diz que o homem é um animal. Isso, obviamente, a gente enxerga mais no naturalismo, mas é possível ver todos esses tanto no realismo como no naturalismo, só que alguns são mais evidentes em um ou em outro. Agora, sobre o realismo em específico. O realismo, ele faz uma crítica à burguesia, aquela ideia econômica de trabalho, que entra muito com a ideia de trabalho. A burguesia, que ainda tem os meios de produção, então eles vão acabar tendo quem tem dinheiro aqui. E não é a população proletária, não é o pobre aquele que entre as suas trabalhas, porque aqui ainda não tem uma noção muito interessante de trabalho. Aqui começa a aparecer os primeiros trabalhos, mas não é algo muito parecido com o que a gente tem hoje. Então, temos aqui uma crítica à burguesia por conta dessa questão de exploração e tudo mais. Como podemos ver, no trabalho que fizemos, Eu, Você, Alan, Jamir e Luna, foi sobre o enfermeiro. A gente pode ver muito disso nesse trabalho, por exemplo, em que tinha o cara que estava sendo cuidado e tinha o cuidador. O cuidador, ele era, digamos assim, ele era explorado, ele era agredido pelo que era cuidado, e o que era cuidado, no caso, era quem tinha o dinheiro, quem era rico. Então, ele fazia parte da burguesia. A gente tem uma severa crítica à burguesia nesse sentido. Ele trabalha também com a questão de aparência e essência. Podemos ver isso muito em memórias próximas de Brás Cubas, quando, por exemplo, eu não lembro o nome da moça, mas aquela moça que vigiava para o Brás Cubas poder se encontrar com a Virgínia. Eu não lembro aquela moça lá. A princípio, a idosa não quis se envolver. Porém, depois que ele se dispôs a pagar, ela disse que estava comovida pela situação dele e tudo mais. Mas é uma questão de aparência e essência. Envolver dinheiro, ela ia ganhar algo com isso. Ela acabou mudando seus princípios, ela acabou mudando de ideia. Temos a questão da liberdade também aqui. Que, no caso, como, por exemplo, no enfermeiro. Aqui no enfermeiro, ele não era livre de espaço. Ele estava a trabalho, só que ele era explorado. Então, ele aceitava tudo. E quando ele ia embora, eu falava que ia embora. O que era cuidar do doente, ele falava que ia mudar e tudo mais. Entra novamente a questão de aparência e essência aqui. E ele acabava ficando. Mas, se ele realmente quisesse ir embora, ele, de fato, teria ido. Mas, acabou que ele ficou, porque ele estava ganhando para isso. Mas, então, a gente tem um jogo de interesse, digamos aqui. Quando a pessoa tem interesse em alguma coisa, ela muda seus princípios. Ela muda de ideia, digamos assim. Então, Memórias Póstumas, o realismo em si, ele trabalha muito com isso. Liberdade, trabalho, família e dinheiro. Ele faz uma crítica a esses valores da burguesia. Que as pessoas, de fato, não são livres. Quem trabalha, quem é explorado não é livre. Não tem trabalho. No Brasil, direito ainda, começa a se chamar noção de trabalho. Mas, ainda não é o trabalho, de fato. Tem aquela questão da família. Na verdade, a família não é bem, parece. É uma questão muito também de interesse e tudo mais. Como a gente vai conseguir ver ainda, naturalismo. Mas, eu acho muito mais evidente aqui. A família, ela não é exatamente aquela ideia que a gente tem de família, união e tudo mais. Apesar de que a gente consegue ver isso no Curtiço. Mas, a ideia de animalização é muito maior. A gente consegue ver muito disso também no Memórias Póstumas de Brascuba. Aquela questão de herdar e tudo mais. E a questão de interesse dentro da própria família. O dinheiro também. E quem tem dinheiro é quem manda. E o resto não tem dinheiro. Entre aspas, o trabalhador pobre não tem dinheiro. Aqui a gente trabalha também com a anatomia do caráter. A volubilidade do caráter. A gente trabalha muito com ironia aqui. Que é aquela questão de, a pessoa vai me pagar, eu posso fazer isso. Eu vou ganhar alguma coisa com isso, vai ser benefício para mim. Eu posso mudar de opinião. Se for vantajoso para mim. Mas, se não for, eu não vou querer. Aquela questão de uma pessoa menosprezar outra pessoa por ser pobre. Mas, quem não é pobre, ela se trata bem. Porque o pobre não vai agregar em nada na vida dela. Agora, quem é do mesmo status que ela, ou até melhor, é uma pessoa que... Você é bem visto de andar com aquela pessoa. Porque, se a pessoa tem dinheiro, você tem dinheiro. Então, você só vai estar andando com gente que te faz ser bem vista. Ou com gente que está no mesmo nível que você. Ou seja, você não se rebaixa ao nível da outra pessoa. Então, é até essa questão de volubilidade. Tanto em ações, falas, ao decorrer do livro. E a ironia aparece como uma forma de... Uma forma meio de crítica, digamos assim. Como, por exemplo, uma crítica muito evidente em memórias próximas do Brás Cubas. É que ele falou que ia começar pela morte dele. Se não me engano, era isso. O Brás Cubas falou que ia começar pela morte dele, se não me engano. Só que ele acabou não começando, de fato. Ele não falou o que ia fazer. Ou seja, ele te enganou o livro inteiro. Ele te fez de idiota. Ele ficou te enganando o livro inteiro. E isso foi uma ironia, no caso. Outra ironia é aquela do... Não lembro a palavra exata, mas... Era o remédio para acabar com o uso de remédios. Eu não lembro qual palavra tinha no livro. Mas isso também era uma ironia. Não tem remédio para acabar com o uso de remédio. Ele falou que ele ia ficar rico fazendo isso. Que ele ia construir... Que ele ia fazer isso e tudo mais. E isso também foi uma ironia dele. E ele ia ficar muito famoso fazendo isso. Mas não tem como você fazer isso. Não existe um remédio que acabe com o uso de remédio. Porque se você precisa de um remédio para acabar com o uso de remédio, você vai estar precisando de um remédio ainda assim. Então, isso foi uma ironia. Então, no realismo, a gente tem aquela questão de exploração do que é reproduzido. A exploração da mais-valia. Crítica aos costumes burgueses, família, dinheiro, trabalho. Como o grande exemplo disso, temos Machado de Assis com o menor espaço nas braças cubas. Então, a gente tem aquela questão de aparência e essência. A volubilidade, que varia de acordo com o interesse. Temos a ironia. Temos também o caráter psicológico, que é da anatomia do caráter. Que é, basicamente, a volubilidade do caráter em relação ao nível específico. O menor espaço nas braças cubas. E vai inaugurar o realismo no Brasil. Quando eu falei que é possível ver parte dos cientistas que influenciaram o realismo no cortiço, normalmente a gente pode ver diversos pensamentos deles, mas é porque eles ajudaram a formar a ideia que estão nos livros que meio que pervidenciam a formação do Brasil. Então, como a gente está falando do Brasil, falando como o Brasil é, obviamente vai estar nos outros livros também. Mas o menor espaço nas braças cubas, ele vai inaugurar o realismo no Brasil. Eu não vou te explicar tão profundamente igual eu fiz com a matéria do Fogal. Até porque a matéria do Fogal, eu achava ela bem mais simples, bem mais fácil. Eu até gostava mais dela porque eu prefiro a questão de poemas, eu prefiro muito mais poemas do que prosa. E também, de acordo com a divisão da Bárbara, acho que o foco talvez seria você entender o cortiço. É claro que o realismo também é muito importante para a memória dos próximos livros das cubas. Mas a Bárbara disse que a prova iria ter 12 questões, 4 seriam de parmesianismo e simbolismo, ou seja, 2 parmesianismo, 2 de simbolismo e as outras, 8 seriam de realismo e naturalismo, memórias dos próximos livros das cubas e o cortiço. Só que a maioria seria ainda assim o cortiço, porque memórias dos próximos tem ironia, e a gente tem uma certa dificuldade com ironia. Então, eu acho que talvez o foco, apesar de você ter que entender seus livros, talvez o foco seja você entender mais o cortiço, talvez você tente entender mais o cortiço, porque vai ter mais questões, de acordo com o que ela disse. Mas voltando para memórias dos próximos livros das cubas, é interessante, seria talvez interessante reler ele para poder ver novamente se dá, mas também não dá tempo de ficar relendo o cortiço, memórias dos próximos, estudar tudo. Então, talvez, eu aconselho que você deveria talvez ler uma análise dele, ver alguma análise, alguma coisa assim. Uma questão muito presente em memórias dos próximos livros das cubas é a questão da manipulação do autor, que ele acaba manipulando a gente, igual eu falei naquele exemplo, que ele falou que ia começar pela morte dele, não começou, ou seja, ele falou uma mentira para a gente, a gente acreditou, ele não cumpriu o que ele disse, ele nos enganou. Eu não lembro exatamente onde, mas o Machado de Assis, eu acho que ele deixa no livro, antes do livro em si, é algo que fala com o leitor lá, que ele fala para o leitor, que ele fala, se eu te agradei, meu nobre senhor, ele até te elogia quando ele fala, se eu te agradei, ele te chama de nobre senhor. Agora, se ele não agradou você com o livro, ele fala que vai te deixar um piparote, sei lá o que. Eu não lembro exatamente, porque, para ser bem sincero, eu nem li os livros para começar esse converso. Então, eu não vou lembrar de cabeça o que a Bárbara lançava, até porque eu peguei os livros, mas não consegui lê-los. Mas, por isso que estou falando, talvez seja interessante você dar uma olhada, ver uma resenha, até porque a parte de naturalismo e realismo em si, na verdade, a literatura em si, a matéria da Bárbara, eu posso explicar o contexto, mas é na prática, você tem que olhar na prática. Então, tem aquela manipulação do autor, que ele te xinga, ele te humilha, ele faz mentes indiretas para você, tem uma questão lá também que eu não vou, novamente, não vou lembrar ao certo, mas ele fala das relações, tipo, quem está no topo, está no topo, e já está lá mesmo, já nasceu lá, e os outros, como, por exemplo, a parteira dele, ela está lá embaixo, e ela não vai subir para cima, não vai subir, no caso, para o topo, ela não vai chegar no topo, ou seja, você está no chão e vai continuar aí. Então, a questão é que eu vou mandar em você, eu vou ser seu chefe, eu vou estar no topo, vou desfrutar de tudo, enquanto você fica aí na miséria. Então, tem uma questão de te humilhar, manipular o leitor, falar com o leitor, mostrar como é a realidade do Brasil para o leitor, falar para o leitor como as coisas estão no Brasil. Sim, também aquela questão, que eu não lembro exatamente no livro onde, ele fala que ele é um autor difunto, ele é um autor difunto, e foi até uma pergunta do David, que a Bárbara até explicou depois, que, na verdade, foi o David que respondeu, eu acho, e a Bárbara explicou, que, no caso, autor difunto, ele é um autor que já morreu, no caso, Memórias Passadas dos Brascubas, seria o Brascubas contando a vida dele, o quanto ele ainda estava vivo. E o sentido seria todo distorcido se as palavras fossem trocadas, que ele escreveu como um autor difunto, ou seja, um autor que já morreu, não um difunto autor, um difunto autor seria um difunto que escreve, ou seja, isso seria anti-realista, porque ele já tinha morrido, mas a questão é que ele é um autor que morreu, e não um difunto que escreve, que é um autor. O Machado de Assis tem uma atenção muito grande ao escrever esse livro, então é muito importante pensar nisso também, no caso, essa questão do autor difunto, difunto autor, ele já tentou isso, o livro, se você for olhar, ele é muito bem escrito, e tem muitas ironias ao decorrer do livro. Tem a questão também do implácio anti-hipocondríaco, que é também uma ironia, que é um remédio para você não precisar mais de remédio, só que como você não vai precisar mais de remédio usando o remédio se você está usando o remédio? É uma ironia também, não tem isso. E ele fala isso, você vê lá, você, a primeiro momento, você pode até mesmo acreditar, nossa, ele quer fazer isso mesmo, mas é uma ironia dele, que não tem como ele fazer um remédio, que se você usar esse remédio, você não vai precisar de remédio, porque você está usando esse remédio, você precisa desse remédio para não precisar de outro remédio. Então tem também as relações de classe evidenciadas aqui, no caso do Brasculvas, do Fidalgo, e a parteira, que é a parteira que fez o parte dele, está lá embaixo, enquanto ele está lá em cima, ele está no topo. Então, esse tipo de coisa eu acho que é mais interessante. Eu aconselharia você rever as provas, quiser talvez olhar, pegar a sua prova mesmo e rever, olhar alguma prova com respostas mais bem desenvolvidas também, entender, ver uma explicação na prática, porque aqui eu sou só abordando alguns pontos do livro, mas eu acho que é mais fácil você tentar entender na prática, só explicar assim não funciona, porque literatura, principalmente literatura, não é assim, vou decorar que vai aparecer isso, não funciona assim. Então, o livro Memórias Próximas Brasculvas, ele tem a representação crítica da sociedade brasileira, como eu disse, todas aquelas questões, trabalho, família e tudo mais, você consegue, eu aconselho, novamente, eu aconselho você olhar a análise do livro, tentar aplicar esse contexto específico no livro em si. Talvez, como a Bárbara, na verdade a Bárbara pega algumas questões da internet e tudo mais, mas às vezes a Bárbara mesmo faz algumas questões. Então, na verdade, nem sei se é a Bárbara que faz as questões, mas ela escolhe as questões, então talvez seja interessante você olhar as provas da Bárbara também. Então, Memórias Próximas Brasculvas tem a relação com a social mais valia, reprodução da exploração, quem é explorado reproduz isso. Eu lembro agora do seminário de história do Eduardo, do meu grupo, com o Eduardo no quarto trimestre, não lembro exatamente agora de quem que era a parte, não, era a minha parte ainda por cima, que no caso os cravos buscavam ser livres na maioria das vezes, buscando até mesmo ter seus próprios escravos, terem livros para ter seus próprios escravos. Isso é a reprodução da exploração e como a gente está falando de formação do Brasil, a gente consegue enxergar essa ideia do livro na formação do Brasil, porque o livro se baseia na formação do Brasil, no caráter da sociedade brasileira. Por isso que eu digo que não tem como eu explicar a matéria para você, só que você tem que tentar entender isso de fato, ver isso numa prática. No caso, eu peguei um contexto histórico que está presente na formação de história do Brasil, a escravidão dos negros indo para a África, e apliquei aqui nesse contexto. Então, é muito importante para você conseguir entender o conteúdo, ter a mais-valia e a exploração da mais-valia. Temos a ideia de humor pessimismo, ou seja, o humor é aquela questão toda que a gente encontra no livro dele, que, no caso, às vezes acaba não sendo um humor muito interessante, mas já é a visão pessimista de ver o Brasil, que vê a questão de exploração, da voluminidade do caráter, o que o dinheiro compra, digamos assim. A questão da ironia, que aparece na voluminidade do caráter em diversos pontos do livro. E a questão de ciência aparência, você vê uma coisa, mas na verdade é outra. Ou seja, você aparenta ser alguém, só que na verdade você é outra pessoa. Você aparenta ser alguém gentil, legal, mas você na verdade não é isso, você é de outra forma. Só que a forma como você é também varia de acordo com o ambiente ou as pessoas. Se é alguém que não vai te agradar, provavelmente você não vai trazer essa pessoa bem. É nesse contexto aqui que eu estou falando, é claro. E a gente tem aqui uma linha que se separa muito, é uma linha tênue que se separa. O Fidalgo da Parteira, do Prudence e da Eugênia. No caso, o Fidalgo está no topo, enquanto eles estão lá embaixo. Lembrei agora aqui de um outro ponto do livro, que no caso eu não tenho certeza, que era Eugênia o nome dela, mas aquela moça que era manca, e o Fidalgo tinha saído com ela, eu acho, ele tinha visto ela no caso, só que ela estava sentada quando ele viu ela. Só que aí quando ele viu ela andando, ele viu que ela era manca, aí ele falou que ela iria mancando para o inferno. Ele riu dela e falou que, nossa, essa vai mancando para o inferno, alguma coisa assim. É uma ideia muito pesada, mas ele viu ela, uma moça toda bonitinha, sentada lá com a família e tudo mais, ele achou ela muito linda, ok. Ele teve uma ideia boa, só que quando ele viu que ela era uma pessoa manca, ele já mudou a ideia dele, porque ele pensou que ela seria defeituosa, digamos assim. Então aqui a gente vê também a volumilidade do caráter. No caso, ela toda bonitinha lá, ok, ela é uma bela moça. Agora, ela manca, ou seja, ela é defeituosa, aleijada, ele trata ela mal, ele ri dela, ele zomba dela. Só que ele fez isso na mente dele, ele não falou para ela. Eu não vou fazer a análise toda do livro, Memórias, Póstumos e Perascubas, a Bárbara já fez isso, eu acho que se você quiser, acho que é melhor você procurar na internet, até porque eu nem li esse livro, até hoje eu não li nenhum dos livros das provas da Bárbara, acho até um milagre eu ter tirado nota boa, mesmo que eu não leia os livros, mas eu conseguia ler, porque não é simples ler matéria sem o livro. Então, a gente tem que o realismo tem uma visão mais voltada para o dinheiro, a análise da sociedade, mas dessa forma capitalista, digamos assim. E tem essa abordagem bem psicológica, digamos assim também. A abordabilidade do caráter, a anatomia do caráter.

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