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Carolina Abrahão

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Beto Abraão interviews Marlon Marciniak, a successful personal trainer in Brazil. Marlon explains that he chose to study physical education because he wanted to continue playing volleyball and also prioritize education. He shares that he entered the personal training field for financial reasons, as it offers opportunities for high income. Marlon emphasizes the importance of setting goals, both in terms of the number of clients and the quality of relationships with colleagues. He believes that success as a personal trainer involves not only financial rewards, but also being respected, admired, and influential. Marlon learned the value of kindness and respect from his mother and has made it a part of his professional approach. He continues to study and improve his understanding of human behavior and psychology. Fala moçada, Beto Abraão falando aqui diretamente da Endorfinacast, para mais um conteúdo de muita qualidade galera, hoje eu trouxe para conversar com vocês aqui, um dos, eu não tenho dúvida de afirmar para vocês, que é um dos grandes nomes do personal trainer no Brasil, é um dos caras que eu considero mais completos como personal trainer, o cara é extremamente técnico, é extremamente comunicativo, tem uma capacidade de captar aluno, de reter aluno, absurda, e hoje sem dúvida nenhuma, é um dos profissionais mais bem sucedidos dentro da nossa profissão, além de tudo, o grande irmão que eu tenho, o cara que eu tenho um carinho enorme, grande Marlinho, Marlon Marciniak, irmão, privilégio enorme ter você aqui, um grande prazer de verdade, a gente estava para fazer esse podcast há algum tempo, demorou, mas finalmente a gente conseguiu sentar junto aí irmão, prazer em receber você. Tamo junto Betinho, que introdução em garoto, lisão entrando. Irmão, olha só, fazer marketing de quem é bom, é a coisa mais fácil do mundo, o ruim é você fazer marketing do cara que não tem para entregar, quando a gente pega o cara que, o cara já, porra, tu olha pro cara, vê que o cara é bom, olha, vai embora, não tem nem que usar a criatividade, mas irmão, prazer te receber aqui, eu tenho, como é que eu falo? Eu tenho propriedade para falar de você, porque a gente era vizinho, a gente morava perto no mesmo bairro, morava aí dois, três quarteirões um do outro, e porra, vi você molecão, tu entrou na Baritec com quantos anos Marlon? Entrei com 19, 20 anos. Tu era atleta de vôlei né? Atleta de vôlei, entrei lá para ser estagiário do vôlei. E aí tu resolveu? Migrar. Migrar, tu fez musculação? Deu certo. Se tu começou a fazer educação física, por que? Me explica aí. Cara, eu comecei a fazer educação física, porque eu queria continuar sendo jogador de vôlei, e aí eu não queria deixar de estudar, a prioridade da minha vida era estudar, porque eu já tinha como base que, para eu vencer na minha vida, eu tinha que estudar, ninguém ia me ajudar, e eu estava inseguro em relação também à carreira de vôlei, porque no Brasil não é fácil. Não, é difícil, óbvio, assim como todos os esportes, mas o incentivo também é menor, a quantidade de vagas também é menor, eu de forma física não tinha uma vantagem tão grande, então tecnicamente eu tinha que ser muito melhor do que os outros, e surgiu uma oportunidade de eu fazer uma faculdade de graça. Educação física? De educação física. Alguma faculdade. Aí eu ganhei essa bolsa, e eu falei, cara, vou... Nem era o que você queria, talvez, e apareceu, foi mais ou menos. Eu pensava muito em área de saúde, principalmente em medicina, até. Mas tu com essa carinha aí, tu não era plegoizão não, Marlon? Pô, eu tinha vindo de álcool, meu irmão. Esquece essa parada, não existe, não existe, vim de longe, vim de longe. E aí, dentro dessa perspectiva, eu falei, cara, eu vou fazer educação física mesmo, porque, pô, eu acho que acontece muito também, que eu vejo replicar em outras gerações também, que às vezes quando você não sabe muito o que escolher, às vezes você escolhe o que o seu amigo faz, uma galera que você já conhece faz. Cara, incrível que isso acontece mesmo, né? Acontece muito. E aí, meu irmão, geral, fazendo não sei o que, eu falei, cara, vou fazer também educação física. E aí eu continuo estudando, pô, tô fazendo de graça aqui e tal, pô, meu, enfim, nem precisei fazer vestibular e tal, ganhei a bolsa direto, 100%, falei, cara, vou tentando ser jogador de vôlei, conciliando com os meus estudos. Aí, a partir de um momento lá, eu vi que, cara, não ia dar mais pra mim. Tu jogou vôlei no Botafogo, né? Botafogo, isso. Praticamente a base inteira, aí fui convocado pra seleção brasileira, aí não consegui ficar, aí isso me deu uma deslumada grande, porque você fica na Confederação Brasileira e fica ali em Sacoarema, e você fica muito tempo lá, dois, três, quatro meses, e aí eu já tava fazendo a faculdade ali, tava pra entrar na faculdade, na verdade, aí eu queria, por exemplo, fazer um curso de pré-vestibular, eu queria fazer, na época, de militar, uma parte de coisa, e eu decidi ir pra lá, aí fui cortado, isso mexeu comigo, falei, cara, acho que não é isso que eu quero mesmo, não sei o que, fisicamente, a minha anatomia não me favorece tanto, não sou tão alto assim, e eu falei, cara, vou estudar, então acho que a minha ideia foi essa, vou estudar e vou conciliar com o vôlei aqui e vou ver até onde eu consigo chegar, e aí as oportunidades foram surgindo. E aí, então, tu entrou na BODETEC ali, a gente se conheceu lá na BODETEC, no vôlei, e depois eu me lembro de você estagiando lá na sala de musculação, e aí tu nunca teve esse sonho de tu ser um professor de musculação, um personal trainer, mas num dado momento você viu que ali seria um lugar interessante pra trabalhar, o que que te fez olhar praquilo ali, e falar, porra, mano, quero trabalhar com isso, você é personal trainer, o que que passou na tua cabeça pra tu tomar essa decisão? Cara, eu não vou romantizar a parada não, vou ser bem sincero, foi a questão de grana, foi, porra, vou ser bem direto, não dá pra ganhar dinheiro com personal? Muito. Tem a galera aí falando que personal não dá dinheiro, porra, o que tu acha? Eu acho que os caras não tão ouvindo teu podcast, tão longe da gente, e, cara, eu lembro de uma frase assim que o cara falou pra mim, porra, o cara falou assim, eu decidi ser personal trainer porque eu tava num laboratório, eu vi os caras mais tops do laboratório chegando com, porra, carro ruim, aí ia fazer um ratatá da galera pra pedir uma pizza, e aí eu vi os caras de personal trainer chegando de carrão, tirando uma onda, viajando, e, cara... É, cara, é um assunto que, eu particularmente, Marlinho, é um tipo de assunto que até eu fico triste, sabe, porque a gente que gosta de ciência, você é um consumidor de ciência, como eu, a gente gosta, cara, a gente pensa, pô, o cara que faz a ciência, esse cara até é o cara que mais deveria ser recompensado, né, mas infelizmente a realidade aqui no Brasil não é, não existe isso, agora, no personal trainer, o cara é um homem de negócios, né, você se transforma numa empresa com uma altíssima capacidade de captar clientes e de fazer faturamento alto, né, e isso que você falou, cara, não é nenhum problema de... Pelo contrário, cara, porra, não, eu comecei personal porque eu queria ver dinheiro, pronto, e eu também fui exatamente isso, eu falei, cara, o que eu sei é que você é pobre, né, eu vi minha mãe passando muitas dificuldades, vim muito de baixo também, e ali, cara, eu olhava, achava um trabalho maneiro de fazer, falei, pô, ganhar dinheiro com isso, porra, que maneiro, é, vambora, vamo pra dentro, e as coisas acontecem pra quem quer fazer as coisas acontecerem, perfeito, não é isso? E, cara, o que você acha, Marlinho, que te fez, primeiro, vamo lá, vamo por estapas, você considera um cara bem sucedido na profissão hoje, não? Com certeza. Mas, o que é ser bem sucedido na profissão, pra você? Pra mim, é igual a primeira resposta, né, eu sou bem claro em tudo que eu falo pra todo mundo, então, primeiro, a gente conseguir dar aula, então, a gente tem que ter um número específico ali de aulas que a gente tem que dar no dia, na semana, no mês, no ano, isso eu prego como meta pra mim, eu tenho que ter um número mínimo e alcançar um número máximo pra eu também ter qualidade dentro da minha vida, que hoje eu tenho, eu... Então, também, vamo lá, rapidinho, que isso é importante, cara, tu chegou num ponto que, às vezes, a gente demora pra entender que é a realidade, né, cara, existe um número máximo de aula também pra você, não só ganhar dinheiro, mas saber realizar o dinheiro, né? Perfeito. Então, beleza, eu coloco isso como meta pra mim. Mas muitos profissionais não enxergam isso. Outra coisa também que eu preconizo muito é ver o que que ao redor, os meus colegas também colocam como ponto positivo em relação a mim, então, eu ser uma pessoa agradável pros meus colegas de trabalho, eu ser uma pessoa referência pros meus colegas de trabalho, eu ser uma pessoa agregadora pros meus amigos também. Tu construiu um legado, né? É. A gente chama isso de... cara, tu falou de duas coisas aí, mas... que é o seguinte, que é a realização extrínseca e a realização intrínseca. A realização extrínseca é o que tu acabou de falar antes. Mano, você precisa ganhar dinheiro. Perfeito. Porra, se você não ganha dinheiro, tem alguma coisa errada. Sim. Tá trabalhando de forma filantrópica, tudo bem, legal pra caramba, mas você quer ter filho, quer ter família, quer viajar, quer comer, quer viver, você precisa de dinheiro e tempo de qualidade, foi o que você falou. Não adianta você ganhar cem mil por mês, porção tem duas horas da tua semana pra poder usufruir disso. Será que isso é vida? Porra, depois, Deus me livre, tu pega uma doença, tudo acaba e aí? O que você fez na tua vida? Perfeito. Né? E isso que você falou, uma recompensa intrínseca. Cara, ser respeitado, ser querido, ser admirado. Porra, isso é muito maneiro, cara. Isso foi uma coisa intuitiva de você descobrir que era importante? Você já leu sobre isso? Como é que é isso aí? Eu gosto de falar sempre o seguinte, eu vou dar uma referência da minha mãe, porque a minha mãe colocou isso como referência pra mim. Eu lembro sempre o seguinte, cara, eu peguei muito ônibus na minha vida. Meu irmão, ônibus, eu não desejo pra ninguém. Pra ninguém, papo reto. E, cara, minha mãe era cinista. Minha mãe falava assim, sempre que você entrar no ônibus, você tem que dar bom dia, boa tarde, boa noite pro motorista. Então, a base era eu, tá ligado? Então, tipo assim, eu tenho isso tudo de forma, igual você falou assim, de forma intrínseca mesmo, sem conhecimento nenhum. E eu comecei a melhorar e fazer isso de forma voluntária, lendo. Pesquisando, estudando, tentando entender sobre o comportamento. Eu comecei ano passado a estudar muito coisas fora da nossa parte técnica. Então, eu li muito, cara, sobre, por exemplo, filosofia. Eu li muito sobre comportamento. Isso também teve uma influência tua, óbvio, porque você é uma das referências que eu tenho mais próximas de mim. Então, eu já faço isso de forma natural dentro de mim. Mas, eu aplico hoje de forma mais sistemática, de forma mais direta, pelos conhecimentos que eu obtive através de leitura, de estudo. Então, hoje eu faço mais de uma forma assertiva, mais direta. Eu planejo mais o que eu faço, mas eu já tenho isso dentro de mim. Não, isso que você tá falando aí é um branding, né? Com certeza. Porque quando você tem o teu comportamento, que é um ativo que tu tem. Por exemplo, você ser uma pessoa comunicativa que dá bom dia pras pessoas, isso é um ativo que você tem. Não é um passivo, é um ativo. Uma característica positiva. Pô, você faz as pessoas perceberem que você existe e faz as pessoas estarem em um estado mais agradável a partir da tua presença. Pô, isso é bom pra caramba. Todo mundo quer estar com alguém assim. Todo mundo quer andar com gente assim. A partir do momento que você entende que você tem esse ativo, e que você planeja as tuas ações, você tá fazendo um branding. Tá gerenciando a tua marca. E é o que eu gosto muito de falar nessa mala. O que é marca? A marca não é aquilo que tá na tua frente, é aquilo que tá na tua mente. É como as pessoas vão lembrar de você. Então você tá planejando ações pra fazer com que as pessoas pensem de algo positivo de você. Ou seja, você tem uma marca forte. Uma marca grande. E quem tem uma marca forte, é aquele que tá no topo do ranking pra ser contratado como personal trainer. Sabe? Sim. Então, pô, é muito maneiro, cara. Mas assim, cara, você Marlin, quem te vê dando aula, vê que você é um cara, mano, que você estuda muito. Pô, você é um cara que resolve problemas. Sim. Que... A gente sabe da importância, mas eu queria que você falasse a vantagem que um personal tem em ter conhecimento técnico pra entregar pro aluno. Acho que o primeiro de tudo, quando você tem conhecimento, você passa credibilidade. E a partir desse momento que você tem credibilidade, vou falar até um pouco mais da parte técnica. Se a gente for falar, por exemplo, de algum... Se você vai melhorar, por exemplo, alguma dor, alguma lesão, alguma coisa, o cara te dá essa credibilidade. Só de te dar essa credibilidade, o cara, de forma psicológica, que é o que a gente estuda hoje muito na dor, você já sai na frente, por exemplo, no tratamento de uma lesão que você for fazer com o seu aluno. Só dele confiar naquilo que você tá fazendo. Então, acho que o princípio de tudo é a credibilidade. A partir disso, aí a gente consegue desenvolver, por exemplo, algumas metodologias que eu utilizo, desconstruindo, por exemplo, alguns fatores que nossos alunos ou até mesmo os profissionais entendem como um senso comum de que, ah, isso é o certo. E, na verdade, pra você desconstruir isso, você precisa muito de conhecimento. Senão o aluno começa a chegar pra você e ditar o que seria o teu trabalho. E você, às vezes, sabe disso e você tem o conhecimento disso, só que, às vezes, você não tem o conhecimento suficiente pra saber como falar. Que aí a gente entra naquela parte de comportamento. Então, eu vejo, às vezes, quantos profissionais lá que você olha e fala assim, cara, meu irmão, esse cara é sinistro demais. Mas ele não consegue aplicar na prática. Aí falta não só o conhecimento técnico, mas o conhecimento de entender como influenciar aquele aluno a saber que você vai conseguir realmente melhorar ele, tanto na parte estética quanto na parte funcional. Então, acho que o conhecimento, ele te dá muita credibilidade e, a partir dessa credibilidade, você vai abrindo portas pra trabalhar. E aí, se você for bom nesse trabalho, ele vai ser desenvolvido de maneira mais eficiente. É, você falou do conhecimento, cara. E o ponto que você falou, seguinte, tem uns caras que são sinistros, que sabem muito, que entendem muito, mas o cara não tem comunicação, né, cara. Às vezes o cara fala pra dentro, o cara tem uma dicção ruim, o cara tem uma linguagem corporal ruim, o cara não tem crenças positivas sobre ele mesmo de pensar, pô, eu sou um cara que estudo, eu tenho conhecimento, eu posso resolver o problema. Às vezes o cara fica até meio que se ruminando, né. Pô, eu não sou capaz de resolver o problema. Isso demonstra uma linguagem corporal que não transmite tanta confiança. E aí o aluno volta, né, porque os alunos estudam hoje, cara, por incrível que pareça. Pô, tu vê, óbvio, tem alguns que estudam pelo Instagram, pelo YouTube, vê muita besteira, mas tem aluno que lê artigo, cara. Porque o nível de interesse da população por exercício físico hoje, cara, é uma coisa bizarra. As pessoas hoje querem entender sobre exercício. Tem muita gente que lê artigo. Eu tenho aluno meu que se eu não estou estudando, cara, esquece, caramba, ele vai me largar. Entendeu? Mas, por exemplo, eu te acompanho no Instagram, eu acho que todo mundo deveria acompanhar. Qual é o teu perfil no Instagram, Marlin, fala aí. Personal Marlon Marciniak. Marlon Marciniak, tá, gente. E eu lembro de você postando recentemente coisas sobre sono. Eu estudei o livro Por Que Nós Dormimos, cara, bizarro. É o maior autor de sono do mundo. O maior autor, tu lembra o nome dele, não? Não, não tô agora também. Mas beleza, o livro Por Que Nós Dormimos. Eu já li muito sobre sono também, Marlin. E uma coisa que eu falo, cara, é que o relacionamento, a comunicação, o atendimento ao cliente, ele começa em você. Você tem que estar num estado positivo, mentalmente, pra você conseguir impactar as pessoas. Eu gosto muito da frase, um copo só transborda se ele estiver cheio. Se o teu copo tá vazio, bicho, ninguém vai querer te ouvir, você não vai impactar ninguém. E, pô, achei muito legal tu falando sobre sono, porque pra mim tudo começa no sono, irmão. Se você não dorme bem, bicho, você é uma pessoa muito apagada. Você é uma pessoa que é muito, cara, tu fica letágico, você fica estressado, você fica mal-humorado, você fica impaciente. Quando você dorme bem, muda tudo. O colorido da vida, né, a vida ganha o colorido. Você fica mais comunicativo, mais alegre, com mais paciência, com mais confiança. Esse é um tema, cara, que eu acho que é muito legal ver um profissional falando, porque dentro da nossa área, a grande maioria dos profissionais não valorizam o sono. O que mudou pra você, cara, depois que começou a entender sobre sono, começou a aplicar? Conta aí um pouquinho sobre a tua experiência sobre isso. Beleza, eu vou começar porque eu comecei a estudar sobre sono. Porque eu comecei a dar muita aula. Eu comecei a dar muita aula, muita aula cedo. Cê sabe, né, segunda-feira, sexta-feira, cinco e meia da manhã. Cinco e meia da manhã, isso. E nesses dias de cinco e meia da manhã, a última aula é nove e meia da noite. Nossa. Isso. E aí, o que acontece? Eu comecei a perceber que eu estava diferente. Eu comecei a perceber que a minha forma de relacionamento com as pessoas começou a mudar. Eu estava impaciente. Eu queria... Eu estava me sentindo ansioso. Eu estava me sentindo ansioso. Às vezes, eu estava me sentindo depressivo. E eu queria... Cara, eu acho que tem uma parada errada. Eu vou estudar sobre isso e vou começar a entender o que eu posso melhorar. Foi isso. Normalmente, na minha vida, eu faço sempre isso. Eu procuro buscar na ciência ou em algum conhecimento o que está acontecendo comigo. Sensacional. Que eu estudei isso. E aí, eu comecei a ver os pesquisadores e tal. E aí, eu encontrei esse livro, porque nós dormimos. E aí, eu comecei a entender que o que eu estava sentindo tinha uma relação direta com o meu sono. Você tem na sua cabeça a média de horas de sono que você tinha antes de começar a ler esse livro? Antes de começar a ler esse livro... Cara, posso ir um pouco antes? Lógico. O que acontece? Eu comecei a ter mais tempo. Porque eu estava dando menos aula. Todo mundo não tinha academia. E aí, eu queria me forçar a acordar cedo. Porque eu não estava conseguindo. Eu acordava, tipo, 8 horas da manhã. Eu queria ser mais produtivo. Eu queria começar a acordar mais cedo. E aí, eu li o livro Poder do Amanhã. Não sei se você já leu. Poder do Amanhã, não. O Poder do Amanhã. Cara, é uma parada assim. E ele ensina você a ser mais produtivo acordando cedo. Essa é a base do livro. E aí, eu segui esse livro e comecei a ser mais produtivo na parte da manhã. E aí, eu... É o Milagre do Amanhã, não? Milagre do Amanhã. Ah, beleza. Isso eu já li. Esse aí, o Milagre do Amanhã. Esse é um livro muito maneiro, mas é um livro que... Pô, bicho, o cara tem que ter uma vida de novela pra fazer tudo que o cara manda, né? Perfeito, irmão. A primeira coisa que eu falei, eu falei, esse cara quer que tu dance, tu dance... 11 horas, né? É brincadeira. É isso, é isso. E aí, cara, eu vou ser bem sincero, eu entrei numa fissura meio louca, tá ligado? Tipo, que eu carrego um pouquinho até hoje também. Domingo, 5 horas da manhã, eu tava de pé já. Estudando, corrida e tal, faço isso praticamente até hoje. E aí, quando eu comecei a dar aula e tal, isso começou a me sobrecarregar. Respondendo o que você me perguntou. Cara, eu dormia umas 8, 7 horas, por aí. Aí eu comecei a dar muita aula, comecei a dormir umas 5 horas, 6 horas. 5, 6 horas pra mim, me pega. Tipo, pega... Como assim? Pra ruim. Pra ruim? É, me pega pra ruim. Aí eu já começo a ficar mais impaciente, raciocinar menos, eu não quero... É desempenho, né cara? Como ser humano. Performance é isso. Ali. Se a gente falar de desempenho, cara, são detalhes que as pessoas têm que prestar atenção. Muito. Por exemplo, quando você começa a não conseguir prestar atenção nas coisas, o sono tem uma influência muito grande. Quando você começa a não memorizar as coisas, o sono tem uma influência muito grande. Quando alguém olha pra você torto e você já fica irritado, o sono tem uma influência muito grande. São detalhes, cara. Que a gente não percebe. A gente só vai perceber quando a coisa já tá no... Porra, tô em depressão. É isso. Porque um dos principais fatores pro cara ter depressão é dormir mal, mano. É isso. Isso aí, porra. Sabe? E... Tem uma coisa, Marlin, que eu falo... Mas, por exemplo, só pra... A gente não terminou aqui esse aspecto. Você mudou esse padrão? Continua com esse padrão? Você... É... Você falou que... Se for sono, acorda cedo, mas... Tu dorme tarde? Como é que é isso? Eu tento, pelo menos, quando eu... É... Não passar nunca de 11 horas. 11 horas eu já tenho que tá na cama dormindo. 6 horas em vez de 7 horas pra você é bom? Sim. É... Bom no sentido de que eu não fico tão ruim quanto 5, 6. Entendi. Bom... 7, 8 horas. Bom. Mas isso pra você hoje é inviável? Hoje é inviável, de segunda a sexta. Afinal, de semana tu valoriza isso? Com certeza. O que já é muito bom, né? Perfeito. O que já... Já diminui alguns... Já diminui bem esse estrago, né? Da privação de sono. Agora, Marlon... Tu... Aproveitando, eu acho muito engraçado, né? Que a gente começa os podcast sem roteiro... E as coisas vão... A gente vai falando, vai entrando em ações que eu... Eu acho extremamente interessante. Você, por exemplo, tu tira cochilo pós... Pós-almoço, não? Então... É... Eu queria... A gente chama de nepe, né? O nepezinhos. Eu vi... Cara, o que aconteceu comigo? Eu comecei a... A tentar fazer. E aí, cara... Eu fazia, tipo... Da minha cabeça, uma hora. Sei lá. Tô com uma hora livre aqui. Pum. Acordava destruído, né? Acordava na merda. Horrível. Falei, que isso, meu irmão? Não é possível. Esses filhos da puta que tão falando. Que vergonha. Meu irmão, horrível. Que bosta, meu irmão. Beleza. Tranquilo. Eu falei assim, cara... Preciso estudar. Vou ver o que os caras falam aí, meu irmão. Aí eu comecei a ver que os caras normalmente indicam pra esse período ali... 15, 20 minutos. Cara, 30 minutos. Estourando. Pra você não entrar num ciclo de sono lá. Você tem que entrar na fase mais profunda, cara. E se não, tu levanta, tu tá aí totalmente... O teu corpo tá na fase profunda de sono. Tá com tudo inativado. Já era. E aí, bicho... Pô, tu entra... Meu irmão, que... Que que aconteceu? Cadê o caminhão? Passou por cima. É isso. Mas, 15 minutos. Mas, 15, 20, tu levanta... Bem, né? Bem, tranquilo. Só que aí, o que que eu... Depois de alguns minutos... Que você vê a diferença. Tipo, uns 40 minutos depois que tu levanta, cara... Tu fala, porra, bicho, tu bem, tu inteiro, tu... Sabe? Só que aí, às vezes, na nossa rotina não dá pra fazer, né? Tipo, às vezes não dá. Tem que ir, tem que ir. Beleza. Eu coloco como mais prioridade eu treinar e estudar, por exemplo, do que eu tirar esse cochilinho. Sim. Então, hoje, por exemplo, eu tento não fazer. E aí, eu crio outras estratégias. Quais as estratégias que eu crio? Eu comecei a perceber que, por exemplo, se eu tiver cansado e com sono, eu começar a ler, eu não consigo. Vou dormir. E aí, eu comecei a entrar numa outra questão que eu vejo muito... Cara, a gente ali faz, que me fez mal também. A gente começar a utilizar os artifícios pra gente se manter acordado. Caffeína pra caralho. Caffeína pra caralho e energético e tal. Meu irmão, eu entrei numa crise de gastroenterite, fui pro hospital e tudo por causa disso. Pum, cortei então. Hoje eu tomo um cafezinho lá, básico. O que que eu comecei a fazer? Exercício aeróbico. Aumenta a ativação e aumenta... Esquece, irmão. Vai pra escadinha ali, faz 30 minutinhos. Meu irmão, não vai ter sono. Toma um banho e acabou. Vai embora. Óbvio que isso são coisas paliativas. Você não vai melhorar, porra, a qualidade cognitiva. Você não vai melhorar o seu raciocínio lógico. Você não vai melhorar a tua questão de performance. De querer trabalhar, trabalhar. Não, eu tô falando coisas que a gente pode comunicar como estratégia. O ideal é você dormir, porra. Mas, o exercício aeróbico. Outra coisa que eu... Hoje eu não consigo mais fazer. Mas o que eu tentava fazer, por exemplo, antes é se expor ao sol. Ajuda muito. Vai ali na varandinha. Eu lia ali. Porra, em vez de ficar lendo aqui. Outra coisa que eu faço muito hoje. Eu saio ali do nosso ambiente, que é fechado. Vou ali pro citar. Lê lá fora. Então isso me ajuda muito. Que eu já consigo espantar um pouquinho a questão desse soninho à tarde. Pra melhorar. Então são estratégias que hoje eu crio pra... Pra conseguir fazer. E é isso, moçada. A gente, galera, a gente pensa muito no seguinte. Ah, eu quero ser um personal de sucesso. Quero ter muito aluno. Como é que eu vendo? Meu Deus, como é que eu vou fazer? Cara, olha só. Academia é um ambiente que você tá o dia inteiro. As pessoas te olham o dia inteiro. As pessoas te comunicam verbalmente, não verbalmente com você. O dia inteiro. Então, é muito importante a gente entender que a gente se vende o tempo inteiro. E se você tiver desempenho, você vai se vender com muito mais facilidade. Agora se você é uma pessoa letágica. Morta. Famosa água de salsicha que só vive com soro. Só vive mal-humorado. Ah, mas aí eu tenho o rapório sem vender na hora de negociar. Esquece. O cara não vai querer comprar um produto que ele olha o tempo inteiro. E que tem uma aparência de estar estragado. Ele vai querer comprar o produto que ele olha o tempo inteiro e fala Porra, esse produto é bom. Maneiro. E aí na hora de negociar, aí você pode usar as tuas técnicas Para conseguir um menor valor de preço. De hora a aula. De pacote. Então, moçada. A venda, ela começa em você. Começa no teu desempenho. E é por isso que hoje a gente tem aqui. Que hoje eu estou conversando com um cara que Tem um volume de aula absurdo. Que dá muita aula. Que Hoje, é extremamente bem cedido na profissão. E que tem aí, sem dúvida nenhuma. Uma carreira pela frente. Porque hoje só está com o que? 29? 29. O cara está com 29 anos. E maluco, só para você ter uma ideia. Hoje. Dentro do Brasil. Menos de 10% da população ganha 15 mil reais por mês. Hoje, dentro do Brasil. Menos de 1% da população. Ganha 25 mil reais por mês. Um cara com 29 anos. Um cara com 29 anos. Numa profissão. Em qualquer profissão. É muito difícil alcançar um patamar financeiro desse. Que a gente está falando. E na educação física você consegue. Com certeza. Então assim galera. Primeiro. Faz a crença de achar. Que personal trainer não ganha dinheiro. Porque ganha muito dinheiro sim. Dá para fazer dinheiro. Dá para construir autonomia. E dá para conseguir as duas. É. Os seus sonhos pessoais. Fazer viagens. Ter o teu carro. Ter a tua casa. Ter a tua família. Enfim. E aí Marinho. Uma coisa que a gente fala muito. Que é o seguinte. Tu alcançou um patamar absurdo com o personal. E aí? Você tem algum pensamento em relação a isso? Como eu vou escalar o meu negócio? Vou para o digital? Eu já vi que você faz consultoria digital. Ou é uma coisa que você está com muita calma. Pensando. Analisando. Eu sei que você também já deu curso. Você tem essa expertise. Essa capacidade. Como você vê. O personal trainer. Já alcançou um patamar muito elevado na profissão. E que existe uma necessidade de. Cara. Andar para frente. Ou você acha que simplesmente. Ganhando uma boa grana. Sabendo. Gastar de forma. Não desordenada. Pegando uma grana. Investindo. Você consegue potencializar tua renda. Enfim. O que tu acha sobre isso? É. Cara. Acho que. Se realmente o cara quer continuar. Galvando coisas. A mais dentro da profissão. Ele realmente tem que trabalhar. A gente tem que trabalhar. No digital. Não tem como. Porque querendo ou não. A gente tem uma base. De um peito salarial ali. Que é diretamente relacionado. As horas que a gente trabalha. Né Beto? Sim. Não tem como. A gente. Não tem como escalar tanto o nosso negócio ali. Pode criar aulas coletivas. Pode dar aula em dupla. Mas uma hora. Chegou o nosso limite ali. Coisa que na internet não existe.

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