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Learn moreBem, vamos começar o nosso momento de partilha. Na verdade, tenho estado a pensar sobre esse tema. Acho que já há mais ou menos um mês que tenho estado a meditar nele e hoje gostaria de partilhar com os irmãos. É um tema que tem muito o que se diga, mas para hoje, se calhar, vamos falar apenas de uma parte. E o tema que nós vamos tratar hoje e que acaba casando muito bem com tudo aquilo que fomos dizendo ao longo desse nosso programa, os vários temas de oração que foram levantados, é sobre ser o sermão. Então, hoje vamos falar um bocadinho sobre ser o sermão. A Bíblia nos apresenta várias passagens, principalmente nos Evangelhos, em que Jesus se apresentou à multidão e passou essa multidão de um sermão. E talvez um dos mais famosos, assim, designados sermão, seja o chamado sermão do monte ou sermão da montanha, conforme a tradução que nós estivermos a usar. E por essa razão, nós vamos meditar nesse texto básico, que é do sermão da montanha, do capítulo 5 de Mateus. Vamos ler os versículos 1 a 12. Também tratado como bem-aventuranças, encontramos também em Lucas 6, no capítulo 6, nos versículos 20 a 26, uma relação, uma correspondência em relação ao texto de Mateus 5. E diz o seguinte, ao ver a multidão, Jesus subiu a um monte. Depois de se ter sentado, os discípulos aproximaram-se dele. Então tomou a palavra e começou a ensiná-los, dizendo, Felizes os pobres em espírito, porque deles é o reino do céu. Felizes os que choram, porque serão consolados. Felizes os mansos, porque possuirão a terra. Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. Felizes os puros de coração, porque verão a Deus. Felizes os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus. Felizes os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino do céu. Felizes sereis quando vos insultarem e perseguirem, e, mentindo, disserem todo gênero de calúnias contra vós por minha causa. Exulpai e alegrai-vos, porque grande será a vossa recompensa no céu. Pois também assim perseguiram os profetas que vos antecederam. Amém? Bem, nesse versículo, Jesus aponta algumas das características para que o reino de Deus venha realmente até aquelas pessoas e a nós claramente hoje, como mais tarde ensinaria na famosa oração do Pai Nosso. Quando Jesus ensinou a oração do Pai Nosso, numa das passagens ele dizia, venha-nos o seu reino. E aqui com as bem-aventuranças neste Sermão do Monte, Jesus apresenta as características que devem ter aqueles que realmente querem receber o reino de Deus, querem que o reino de Deus venha ou vá até eles. E essas características são ser pobre de espírito, chorar, ser manso, ter fome e sede de justiça, ser misericordioso, ser puro de coração, ser pacificador e sofrer perseguição. Essas são algumas das características apontadas aqui por Jesus neste capítulo 5 de Mateus. E também, posso entender e talvez chamar assim, Jesus apresenta alguns marcadores de um coração achegado ou que busca achegar-se cada vez mais a Deus. Essas características, como disse, vão funcionar como marcadores ou identificadores daqueles que estão próximos de Deus ou que têm como foco na sua vida achegar-se cada vez mais a Deus. E mais do que nós andarmos, por exemplo, a tentar identificar essas características no fulano ou no beltrano, neste ou naquele, e fazermos um juízo de valor em relação às outras pessoas, que tal examinarmos o nosso coração e vermos se reunimos essas características, se reunimos essas bem-aventuranças ou se, pelo contrário, alguma coisa nos falta. Assim como Jesus falou para o jovem rico que lhe faltava alguma coisa. É hora de nós examinarmos os nossos corações e pensarmos que coisas nós temos e que coisas ainda nos faltam. Por essa razão é que designei esta partilha como ser o sermão. Mais do que ouvir o sermão, é necessário nós sermos o sermão. E como é que nós vamos ser o sermão? Se nós formos aquilo que Jesus Cristo apontou aqui como as características daqueles que receberiam o Reino de Deus. Os ensinamentos de Cristo devem ser tão vivos em nós, ao ponto de não apenas falarmos sobre o sermão, mas de vivermos, de nos transbordarmos dos ensinamentos de Jesus Cristo. E agora talvez começaremos por falar um pouco sobre os pobres em espírito. Quem são os pobres em espírito? Nessa meditação nós podemos chamar os pobres em espírito ou dizer que os pobres em espírito são aqueles que não se socorrem de outras coisas, senão da confiança plena em Deus. É pobre de espírito aquele que se agarra completamente em Deus, o que confia em Deus e não deposita a sua confiança em outras coisas, em outras pessoas, em outras forças. E a questão aqui é em quem confiamos a plenitude de tudo o que sucede em nossa vida? Confiamos tudo o que acontece em nossa vida em Deus? Confiamos nas nossas próprias forças, no nosso próprio entendimento? A palavra de Deus diz que nós não devemos nos apoiar no nosso entendimento, que é limitado, que é falho, mas que devemos nos socorrer e nos apoiar completamente em Deus. E estes aqui vão ser apresentados então como os pobres em espírito. Depois o sermão avança e fala sobre aqueles que choram. E vai dizer o seguinte, felizes os que choram, porque foram consolados. Quem são, novamente a pergunta é essa, quem são os que choram? E talvez há que sentarmos aqui. Quem são os que choram e pelo que choram? Porque chorar muita gente chora, e talvez diríamos que chorar todo mundo chora. Mas aqui em Mateus, estes que choram tem uma particularidade, choram pelo que? Então nós estamos a falar dos nossos mimos talvez, ou de qualquer mimo que nós façamos, e talvez aqui dizer que chorar é errado. Não, claramente que não é errado. E Deus nos fez com esta capacidade de nos comovermos e chorarmos. Mas o foco aqui é o motivo legítimo do nosso choro. A legitimidade das lágrimas daqueles que serão consolados. Não serão consolados todos os que choram por todo tipo de motivo. Porque aqui para o assunto que nos interessa, nem todos os motivos têm legitimidade para serem consolados. E o que nos faz chorar para virmos a ser consolados? A dor do outro faz-nos chorar? A injustiça faz-nos chorar? O pecado, as blasfémias contra Deus fazem-nos chorar? Choramos pelo que? Choramos porque somos feridos, nosso ego é ferido? Ou choramos por situações mais altruístas? Choramos quando vemos o pecado? Choramos porque vemos as pessoas que nós conhecemos, as pessoas que nós amamos, caminharem para o abismo? Mas é certo que o nosso choro seja só por nossa causa? É verdade que nós podemos chorar por causa de coisas que acontecem conosco? Mas é legítimo um cristão chorar apenas por causa das coisas que acontecem só com ele? Eu acredito que não. O nosso choro deve ser direcionado àquilo que acontece com os outros também. E choramos quando pecamos? Será que quando sentimos que falhamos contra Deus, falhamos contra os nossos irmãos, o nosso coração se quebranta ao ponto de nós chorarmos? Porque os que choram de maneira legítima, e quando eu digo aqui de maneira legítima, estou a falar daquele choro que levará à consolação. Estes aqui choram com a consciência e esperança de que Deus enxugará suas lágrimas. Repito, as lágrimas que serão enxugadas não é por todo e qualquer choro. É por esse choro que é legítimo. É por esse choro legítimo. Ora, avança um pouco mais aqui o capítulo 5 e fala sobre os mansos. E diz que estes são felizes porque possuirão a terra. E o que significa mansidão? Bem, daquilo que eu pude ler, mansidão é uma qualidade para o contexto cristão. A mansidão é a qualidade de quem é semente a Deus e de quem tem paciência mesmo nas horas de sofrimento. Talvez para o mundo o manso seja o burro. Às vezes diz, esse é muito parado, é muito burro, não viaja. Mas para Deus, para a vida cristã, ser manso é ser semente a Deus, é ser paciente mesmo nas horas de sofrimento. Quem possui essa qualidade é uma pessoa amável, mas ao mesmo tempo sabe se impor diante da injustiça. Não é a pessoa que deixa andar as coisas, é a pessoa que teme a Deus, mas que se impõe quando vê que uma injustiça é cometida. A mansidão em Deus, diferente do que muita gente pensa, não é saqueza. Mas antes de tudo, é força. O manso para Deus não é fraco, não é mole. O manso para Deus é forte. Diferente da força que o mundo apresenta, diferente dos forços para o mundo, quem é manso em Deus é forte. É mais forte aquela pessoa que aceita com resignação oferecer a outra face do que aquele que está sempre a reagir a tudo. Oferecer a outra face é um ato de extrema coragem e é um ato que só os mansos podem ter. É mais forte o que suporta as difamações, que sofre em nome de Deus ou aquele que está sempre a discutir, que por tudo e por nada acenda as vistas, quer lutar, pega fogo por tudo e por nada. A verdadeira força, a verdadeira coragem está em sofrer e padecer por amor a Deus. Cristo ensinou nisso da mansibão. Em Isaías 53, vai dizer que como uma ovelha muda perante os seus torciadores, Cristo não disse uma única palavra. E Cristo, por quem é filho de quem é, poderoso como é, não ousou descer da cruz. Por quê? Porque ele é manso. Mas o Senhor é meu pastor e nada me faltará. Por vezes estão sempre com essa expressão na boca. Vou descer da cruz como se fosse um motivo de orgulho. Mas nós sabemos, e já falamos sobre isso várias vezes, que da cruz se descia morto. Aquele que sozinho desce da cruz de Cristo não é digno de carregar esta cruz, não é digno de servir a Jesus. É necessário nós exercitarmos a mansidão. O manso não é prepotente, não se irrita com facilidade e quando se ira, não peca. Cuida para não pecar. Assim como diz a palavra de Deus, irai-vos, mas não pequeis. O manso também se ira, mas ira pelos motivos santos. Ele não peca por causa de uma ira carnal. E é necessário que nós exercitemos a mansidão. Em Números 12, no livro de Números 12, no versículo 3, Moisés é citado como o homem mais manso daquele tempo. Mas nós também temos outros relatos em como Moisés se irritou em alguns momentos com aquilo que o povo de Israel fazia. Moisés chegou de atirar as tábuas para o chão por causa do que o povo de Israel fazia, mas ainda assim foi considerado manso. Temos nós praticado e buscado por mansidão? Nós lemos que aquilo que pedimos a Deus, façamos com fé. Peçamos sabedoria a Deus e façamos isto com fé. Então, se mansidão nos falta para sermos os sermãos, que apetamos a Deus com fé de que Deus nos tornará mansos. Ou, ainda, continuemos a pedir para que continuemos a ser ainda mais mansos, até chegar à estatura de Cristo que usarão perfeito. Porque nunca seremos mansos o suficiente. Às vezes, talvez, nós ficamos com aquela ideia de que, bem, eu já sou, mas essas qualidades que nos são apresentadas aqui nunca são demais. Quem é pobre em espírito, que seja mais vezes, que seja com maior intensidade pobre em espírito. Quem chora, que chore mais vezes, que chore com mais intensidade. Quem já é manso, que peça que a mansidade lhe seja aumentada, assim como a palavra de Deus vem dizer que a nossa fé seja aumentada. Do mesmo jeito, peçamos que essas características também lhes sejam aumentadas. O manso descansa a sua alma em Deus. O manso não está aflito todos os dias. Diz a palavra de Deus, não andais ansiosos com aquilo que vão comer, com aquilo que vão beber. O manso descansa em Deus. Não está com seus olhos voltados só para a comida e só para a bebida. Há ainda uma outra característica que é ser sedento de justiça. Somos nós sedentos de justiça ou ajudamos a praticar a injustiça? Quando a injustiça nos beneficia, fechamos os olhos, mas apontamos a injustiça que o mundo pratica. Dizemos que olhamos para o mundo e apontamos o dedo, mas por vezes ignoramos aquela situação em que nós somos igualmente injustos. Injustos com os nossos irmãos na fé, injustos com a nossa família na casa, buscando os nossos próprios interesses. Temos sido justos, temos tido fome e sede de justiça, porque a fome e a sede são coisas que incomodam. Se nós tivermos sede, vamos ansiar por um copo com água? Às vezes dizem, não, eu tenho mesmo sede de água. Até bebi gasosa, até bebi suco, mas o que eu tenho mesmo é sede de água. Porque sabemos aquilo que mata a nossa sede, porque a sede incomoda, a fome dói. Temos nos sentido doidos pelas injustiças que nós vemos a serem praticadas? O nosso espírito se constrange pelas injustiças que nós vemos serem praticadas? Ou nós também somos participantes dessas injustiças? Temos este marcador daqueles que receberão o reino de Deus? Diz o sermão que felizes são os misericordiosos porque eles alcançarão misericórdia. Se a misericórdia é maior, a ser alcançada é aquela, senão a misericórdia com a qual Deus nos trata. A misericórdia é o sentimento de caridade por causa da infelicidade do outro. Essa foi uma das definições que eu encontrei de misericórdia. E a respeito desta definição, podemos dizer que os misericordiosos não fecham os seus ouvidos à dor do outro. Não fingem que não estão a ver o outro a você. O misericordioso também é perdoador, porque a misericórdia de Deus nos alcança manifestada pelo perdão que Deus nos dá. Então, se nós somos imitadores de Cristo, e Cristo é igualmente misericordioso e Cristo perdoa, nós, como filhos de Deus, buscando pela misericórdia, devemos ser igualmente misericordiosos, devemos ser caridosos, devemos ser perdoadores, devemos tratar os outros com benevolência. Porque Cristo nos trata com mais benevolência do que aquela que nós merecemos. E nós, por vezes, medimos a misericórdia que nós devemos destinar aos outros em função do merecimento destas pessoas. Ah, este não merece que eu seja misericordioso com ele. Ah, este parece que já merece um pouco mais. Mas, se assim fosse, será que nós alcançaríamos a misericórdia de Deus? Se a graça é uma coisa que nós não merecemos. Mas, por vezes, nós fazemos esta separação e vamos escolhendo a quem perdoar mais, a quem não perdoar, porque vamos olhando para as pessoas e vamos tratando nesta medida, do quanto elas merecem que nós sejamos misericordiosos com elas. Creio que a Bíblia também vai dizer que precisamos aprender o que significa misericórdia, quero, e não sacrifícios. Não sei se estou enganada. O que é que isso vai significar? Que um sacrifício sem misericórdia, sem esse coração que se doa, sem esse coração que perdoa, de nada vale. De nada vale ajoelhar e subir uma montanha de joelhos e dizer que estamos a fazer um sacrifício, quando não somos misericordiosos, quando não conseguimos perdoar, quando não conseguimos tratar os outros com bondade, com caridade. Quando fechamos os nossos ouvidos e os nossos olhos para o sofrimento das outras pessoas. E, por vezes, fazemos isto até com as pessoas que estão próximas. Não partilhamos das dores, não partilhamos do sofrimento, não conseguimos dobrar os nossos joelhos para orar pelos problemas dos outros. A misericórdia nem sempre será manifestada com entregar um prato com comida ou entregar um copo com bebida. Mas, sofrer e chorar pelo problema que o outro está a enfrentar, ter empatia ao ponto de perceber que o outro está a sofrer, isto também é misericórdia. Deus é misericordioso e nós precisamos ser igualmente misericordiosos, porque sem misericórdia ninguém verá a Deus também. Queremos ser tratados com misericórdia, exigimos misericórdia, mas não oferecemos aos outros. Porque achamos que quando nós erramos, somos merecedores do perdão. Mas, quando os outros erram, já é um pouco mais difícil acharmos que eles também devem ser perdoados. Nós merecemos, mas os outros não. Eu fui investigar um pouco sobre a misericórdia e em alguns textos dizia que esta palavra aparece mais de 400 vezes na Bíblia, em certas traduções aparece mais do que 400 vezes. No livro de Tiago, também, quando nós estávamos a falar sobre o livro de Tiago no início, eu acabei indo mesmo para o capítulo 1, o versículo 26 a 27, e diz o seguinte, se alguém se considera uma pessoa piedosa, uma pessoa misericordiosa, mas não refreia a sua língua, enganando assim o seu coração, a sua religião é vã. O piedoso, quem tem misericórdia, quem é manso, quem chora por causa das injustiças, preocupa-se em refriar a sua língua. Tem cuidado com aquilo que diz. A religião pura e sem mancha diante daquele que é Deus e Pai é esta, visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e não se deixar contaminar pelo mundo. Essa tarefa que nós temos, e aqui diz os órfãos e as viúvas, mas podemos estender a todas as outras pessoas, partilhar da dor dessas pessoas. Continua e diz que felizes são os puros de coração porque estes verão a Deus. Quem são os puros de coração? Os simples, os sinceros. A quem não se acha mancha no coração. Por vezes nós ouvimos que nós somos quem somos quando estamos sozinhos e o nosso coração não nos acusa. Porque por vezes nós temos um modo de proceder diante das pessoas, mas quando estamos sozinhos o nosso coração nos acusa. Os puros de coração são os sinceros, os que não têm duas faces, os que não têm capas, os que mantêm a sua integridade. Estes são os puros de coração que verão a Deus. E por quê? Porque Deus não tem espaço em corações impuros, corações que pensam mal, corações que maquinam o mal, ficam a projetar o mal. Deus não tem espaço nestes corações e aqueles que não forem puros de coração não verão a Deus. São felizes também os pacificadores, os reconciliadores. Aqueles que não ficam a buscar por confusões, por discussões de sutifras, aqueles que não põem fogo ou como se diz lenha na fogueira. Os que buscam conciliar, os que buscam viver em paz. A palavra de Deus diz assim, se possível for que vocês vivam em paz com todos, com todos. Mas há quem se diz filho de Deus e está sempre a procurar por discussões, por confusões, não consegue estar em paz. Parece que quando não está em guerra, o seu espírito não está tranquilo. Existem pessoas que estão mais tranquilas em guerra do que em paz. E Deus diz que quem não for pacificador não pode ser chamado filho de Deus. Porque o reino de Deus é de paz, é de justiça, é de integridade. Felizes os que sofrem perseguição por causa da justiça. Não é aquela coisa de que no meu perdício mesmo estava me perseguindo porque eu sou o melhor pacificador. Pode até ser verdade. Mas a perseguição que vale a pena e que devemos nos orgulhar é aquela que nós sofremos por causa de sermos defensores da justiça e sermos testemunhas de Cristo neste mundo. Tudo o resto que às vezes nos gabamos, ah, eu mesmo me perseguem porque sou muito bonita. Ah, eu mesmo me perseguem porque pronto, o serviço tenho aqui. Ah, eu sou perseguida porque sou muito inteligente. Como disse, até pode ser verdade, porque as coisas são diferentes. Mas que sejamos felizes por nos insultarem, por nos perseguirem e mesmo que mentirem contra nós, nos calunharem, nos difamarem. Porque tudo isso suportaremos por amor a Cristo. E isso deve fazer com que nos alegremos. Por quê? Porque o reino de Deus irá até nós. E nesses vários marcadores que nós possamos ter o sermão. Às vezes nós lemos o sermão, ah, feliz Jesus, feliz Jesus, feliz Jesus. E é muito bom quando nós temos referências na nossa vida e lemos aqui, feliz Jesus pacificador. E pensamos, poxa, fulano é pacificador. Porque a nossa vida em Cristo, vivendo em família, é bom quando nós lemos isso e conseguimos identificar isso na vida dos nossos irmãos. Mas também precisamos fazer esse exame e saber, nós somos bem-aventurados? Mais do que o meu irmão, mais do que a minha irmã que é bem-aventurada, eu também sou bem-aventurada? O mundo vê isso em mim? Eu sou realmente o sermão? Ou eu só leio sobre o sermão? Eu ouço sobre o sermão? Mas eu própria sou o sermão? O mundo vê essas características em mim? Eu sofro por causa das injustiças? Eu sou apedrejada mesmo que não sou com pedras, mas com outras coisas por causa do amor que eu tenho por Deus? Ou eu estou tão misturada no mundo que não se consegue perceber se eu tenho essas características ou não? Só aquele que vive e que é verdadeiramente o sermão é que depois vai ser o sol da terra e a luz do mundo. Porque quem não é o sermão não tem como ser o sol da terra e a luz do mundo que vem logo a seguir. E eu acho que por uma razão suficiente que essa passagem vem logo a seguir as bem-aventuranças. Porque não podemos não ter essas qualidades e ainda assim nos sentirmos como o sol da terra e a luz do mundo. É impossível. Quando em Gálatas 5.22 vem trazer o fruto do Espírito, eu fico a pensar que as bem-aventuranças casam muito bem com o fruto do Espírito. Se nós formos lá ver o fruto do Espírito, nós vamos ver uma correspondência em relação às bem-aventuranças. E várias vezes já falamos que é um dos frutos que a pessoa vai na árvore e escolhe. Este aqui, este e este. Em Gálatas 5.22 diz assim, o fruto. E uma vez eu vi alguém a falar sobre que dizia que é como se fosse uma tangerina com vários gomos. É mesmo só um fruto que agora é composto por vários gomos. Eu fico assim a pensar. Se nós somos bem-aventurados, nós temos que produzir esse fruto. Ninguém vai a uma tangerineira ou a uma laranjeira, descasca só um pouquinho da laranja e tira ela com gomo. Geralmente, quando nós vamos a uma laranjeira ou uma tangerineira, nós pegamos e arrancamos a laranja toda. Por quê? Porque sabemos que é um fruto. Não vou cascar e tirar só um gomo e deixar o resto pendurado na árvore. As pessoas, pelo menos, a generalidade das pessoas não faz isso. Daí que nós devemos buscar o fruto do Espírito na sua plenitude. Devemos buscar o fruto do Espírito na sua plenitude que vai dizer que é amor, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e autodomínio. Contra tais coisas não há lei. Não tem uma correspondência em relação a Mateus 5, do versículo 1 até o 12. Tanto é impossível dizermos que temos as qualidades descritas aqui nas minhas aventuranças, mas ainda assim não temos o fruto do Espírito Santo. Portanto, se nós verdadeiramente formos o sermão, o fruto produzido por nós será o de Galatas 5, 22. E a exhortação é exatamente essa. Que nós sejamos o sermão e que, se alguma coisa nos falta, que apeçamos a Deus com fé, que Ele, assim, nos dará. E se identificarmos que já temos essas bem-aventuranças, não deixemos de pedir que o Senhor aumente cada vez mais essas características que nós temos até ao dia em que o Senhor nos levar daqui. Que Deus possa nos abençoar. Esta é a mensagem que eu gostaria de partilhar com vocês no dia de hoje. Amém.