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The latest novel by Diana Barrucheiro is called O Cursário dos Sete Más, by Fernão Mendes Pinto. It is a book divided into seven chapters, The Seven Seas, that Fernão Mendes Pinto traveled. He traveled more than seven seas, but it is impossible to fit the entire East into five hundred or six hundred pages, even so the book is quite large. Fernão Mendes Pinto is indeed the explorer, the discoverer par excellence, because he traveled the East from one end to the other, from the Red Sea to the Sea of Japan and even near the Sea of Australia, which was not known as Australia yet, but there was talk of australis land to the south. I wanted to finish my saga of discoveries, which I did in three books. It started with O Navegador da Passagem, which was Artur Melo Dias, Diogo Camantes, Artur Melo Dias. Then O Espeão O mais recente romance de Diana Barrucheiro chama-se O Cursário dos Sete Más, de Fernão Mendes Pinto. Um livro dividido em sete capítulos, Os Sete Más, que Fernão Mendes Pinto percorreu. Ele percorreu mais do que sete más, mas é impossível meter todo o Oriente em quinhentas páginas ou seixentas páginas, mesmo assim o livro é bastante grande. É de facto o Fernão Mendes Pinto o cursário, o explorador, o descobridor por excelência, porque ele percorreu o Oriente de uma ponta à outra, do Mar Roxo ao Mar do Japão e inclusivamente perto do Mar da Austrália, que ainda não se conhecia como Austrália, mas se falava de uma terra austrális ao sul. Eu queria terminar a minha saga dos descobrimentos, que fiz em três livros. Começou com O Navegador da Passagem, que era o Artur Melo Dias, Diogo Camantes, o Artur Melo Dias. Depois O Espeão de João II, que fazia o percurso até à Índia, com o Pedro da Covilhã, e o Afonso de Paiva, e por fim, para terminar, O Oriente Profundo, o Fernão Mendes Pinto era imprescindível. Tal como disse, descobridor, mercador, embaixador, aventureiro, por todas essas razões que era necessário transformá-lo numa personagem, isto porque não se sabe muito acerca de Fernão Mendes Pinto. Não se sabe o que ele escreveu naquele maravilhoso livro da Pergrinação, um livro que é uma obra extraordinária, sobretudo na época, é o livro mais importante do século XVI, aliás, ele sai no século XVII, no início do século XVII, em 1614, mas tem logo a seguir 20 traduções estrangeiras, e é o grande livro de viagens, é o primeiro grande livro de viagens, e é uma espécie de contraponto dos Lusíadas, através de uma perspectiva do homem comum, daquele que sofreu, do aventureiro, do espírito português, que se consegue adaptar a todas as circunstâncias, que é o Fura Vidas, em certa maneira, um pícaro também, e, além disso, ele é uma espécie daquele que encarna o pioneiro da globalização. E nisso os portugueses não podem esquecer, não devem esquecer, que já no século XVI, aliás, começa no século XV, com D. João II, há todo um programa estudado para se chegar ao Oriente e para se abarcar do Ocidente ao Oriente todos os países e trazer para a Europa os produtos que, entretanto, eram levados pelos Árabes, e só parcialmente, e nós fomos, de facto, os pioneiros da globalização. Ele vai buscar as especiarias, não só para trazer para Portugal, mas até fazendo aquela navegação e o comércio de cabotagem, que era a troca dos produtos entre os outros países, que era o que dava mais dinheiro, era onde eles poderiam enriquecer, e é o facto de que eles vão para fora, tal como agora os nossos imigrantes, na tentativa de melhorar de vida, porque o nosso país tem sido sempre muito ingrato para os seus naturais. E para saber mais, embarque nesta aventura o Corsário dos Sete Mars, Fernão Mendes Pinto, e a sua longa, longa viagem, ou as suas longas viagens pelos sete mares, a edição é da Casa das Letras. Boas leituras.

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